MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 14 DE JANEIRO DE
2015 * QUARTA-FEIRA – DIA DO ENFERMO
COB: OLIMPÍADA TEM
AUMENTO DE CUSTOS
ADAPTAÇÃO DE OBRAS DO PAN
PARA A OLIMPÍADA PASSA DE R$ 376 MILHÕES
- A readequação de instalações construídas ou reformadas para os Jogos
Pan-Americano de 2007, no Rio, para a Olimpíada de 2016 vai custar mais de R$
376 milhões.
- Dez arenas usadas há pouco mais de sete anos passarão por obras para
sediar competições no próximo ano. Algumas obras já estavam previstas em 2007,
caso a cidade fosse eleita sede olímpica. Outras, porém, contradizem o discurso
de que as instalações serviriam como legado para os Jogos de 2016.
- Organizadores do Pan e da Olimpíada dizem que as exigências mudaram ao
longo dos anos e que os gastos são o mínimo necessário para atender às
exigências do Comitê Olímpico Internacional.
- A reforma de seis dessas dez arenas a serem reutilizadas vai custar R$
376 milhões. A Prefeitura do Rio e o governo do Estado afirmam ainda não ter
definido o gasto de outras quatro. Juntas, elas consumiram R$ 1 bilhão, em
valores atualizados, no Pan.
- O Maracanã e a Arena da Barra, que também serão reutilizados, por
enquanto não têm obras previstas. A lista não inclui a construção do novo
velódromo, que custará R$ 112,9 milhões. Ele será erguido após a desmontagem da
instalação erguida para o Pan, tida como inadequada para padrão olímpico.
- O gasto com a construção de arenas para o Pan quadruplicou entre 2002 –
quando o Rio foi escolhido – e 2007.
- Organizadores argumentaram que era preciso fazer uma competição de
altíssimo nível para fortalecer a candidatura para os Jogos de 2016. O esforço
teve sucesso na disputa pela sede, mas não evitou que novos gastos milionários
fossem feitos. Em 2007, o custo das obras no Complexo Esportivo de Deodoro foi
de R$ 177 milhões (em valores de hoje) –o dobro do previsto inicialmente. O
objetivo era criar centros de hipismo e de tiro esportivo aptos a receber
competições internacionais.
PROJETO
INADEQUADO
- O Centro Nacional de Tiro Esportivo, porém, será reformado por custo
não detalhado pela prefeitura –a obra faz parte de um contrato de R$ 647
milhões que inclui oito arenas. A Riourbe, responsável pela empreitada, diz que
não pode detalhar o preço porque o projeto executivo ainda está em elaboração.
Segundo o presidente da confederação de tiro, Durval Balen, a adaptação vai
além dos equipamentos. Ele diz que as pedanas – locais de onde partem os pratos
a serem alvejados – foram instaladas em área inadequada e que os banheiros
foram construídos a 300 m do estande. "Foi escolhido um projeto que, para
quase toda a comunidade do tiro, não era adequado. Foram feitos gastos enormes
em coisas desnecessárias e outras deixaram de ser feitas", disse Balen.
Segundo a Empresa Olímpica Municipal, sete estandes de tiro passarão por
adaptações e será construído um outro, temporário, para as finais, com 2.000
assentos.
Fonte: Folha de São Paulo