* MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 25 / MARÇO /
2020 * QUARTA-FEIRA *
JOGOS
OLIMPICOS 2020
VEJA ALGUNS DADOS SOBRE OS JOGOS
ADIADOS
ADIAMENTO E FUTURO DAS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO 2020
- Por quase uma hora,
Thomas Bach - presidente do COI respondeu a perguntas de jornalistas de todo o
mundo por teleconferência.
- As críticas sobre a
demora para o COI adiar as Olimpíadas de Tóquio foram o principal tópico em
discussão.
THOMAS BACH - Presidente do COI |
- O alemão esclareceu
que o COI confiava na capacidade dos japoneses de lidar com a pandemia do
coronavírus para oferecer um ambiente seguro para os Jogos em julho. No
entanto, o vírus se alastrou e impediu que o mundo estivesse apto para viajar
ao Japão em julho, especialmente os atletas que estão em quarentena em muitos
países.
- Uma força-tarefa
chamada "Vamos lá" (Here We Go) foi criada para organizar todas as
mudanças do adiamento dos Jogos, com foco no diálogo com as federações
internacionais de cada esporte para desenvolver em conjunto um novo calendário
e para adaptar o sistema de classificação para os Jogos.
O ADIAMENTO É PARA JULHO DE 2021 ?
- Thomas Bach: Houve um
acordo que queremos organizar os Jogos até o verão de 2021 (do hemisfério
norte). Isso não está restrito aos meses do verão.
SACRIFÍCIOS PARA REALIZAR OS JOGOS EM
2021?
- Thomas Bach: As
federações internacionais têm seus calendários. Vai ser um custo adicional para
os japoneses. O primeiro-ministro Abe se comprometeu a fazer tudo que preciso
pelo seu lado. Isso inclui os jornalistas, os atletas, que têm de adaptar sua
jornada. Todos são impactados. É isso que vai fazer desses jogos um símbolo de
união.
CRÍTICAS SOBRE A DEMORA PARA ADIAR VOCÊ
CONSIDEROU RENUNCIAR AO CARGO DE PRESIDENTE DO COI ?
- Thomas Bach: Não!
PATROCINADORES TÊM CONTRATO ATÉ 2020
- CONTRATOS ESTENDIDOS?
- Thomas Bach: Estamos
contactando os patrocinadores. Temos o total apoio deles. Sabe, os Jogos
continuam sendo chamados de Tóquio 2020. Os patrocinadores mantêm seus
direitos, mesmo que os Jogos sejam realizados em 2021.
O CANCELAMENTO FOI CONSIDERADO EM
ALGUM MOMENTO?
- Thomas Bach: Claro o
cancelamento foi considerado entre todas as opções na mesa, mas desde o começo
estava claro que o cancelamento não seria algo que o COI seria a favor, porque
a função do COI é fazer que os Jogos se realizem. Trabalhamos diferentes
cenários e tivemos um acordo com os nossos parceiros japoneses pelo adiamento
dos Jogos. O primeiro-ministro Abe propôs esse adiamento em uma decisão
conjunta.
"NÃO É O MELHOR CENÁRIO, MAS É O POSSÍVEL"
- Por conta do
coronavírus, Jogos Olímpicos de Tóquio serão disputados em 2021
- Ainda não se sabe a
data exata, mas as Olimpíadas e as Paralimpíadas de Tóquio serão mesmo
disputadas no ano que vem. O Comitê Olímpico Internacional anunciou nesta
terça-feira o adiamento por conta da pandemia do coronavírus. O "Troca de
Passes" analisou a decisão, e o comentarista Raphael Rezende acredita que
esse não é o melhor cenário que existe, "mas é o que é possível".
comentarista Raphael Rezende |
- Não tinha o que
fazer. Ainda havia modalidades com classificação a realizar, tinha a questão da
preparação dos atletas com os Jogos tão próximos. É claro que a gente não vai
ter uma olimpíada no mais alto nível. Esse não é o melhor cenário do mundo, mas
é o que é possível. Essa decisão de adiar para 2021 parece ter sido a melhor
das opções - disse ele.
- Presente na bancada
do programa, o comentarista Henrique Fernandes acrescentou ao assunto:
- A gente está passando
por duas crises. A crise de saúde, com a necessidade de controlar o vírus. E a
crise econômica, que começou a se instalar no Brasil e que já se instalou em
outros lugares do mundo. Por mais que, de uma forma muito otimista, a gente
tente enxergar para agosto ou setembro uma parte do mundo se recuperando na
parte da saúde, a gente não pode menosprezar o impacto econômico - disse.
OLIMPÍADAS E PARALIMPÍADAS SEGUEM COM O NOME TÓQUIO
2020
- Apesar do adiamento
para 2021, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos seguem com o nome de Tóquio 2020.
A opção do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador foi
manter a identidade visual já usada desde 2013, quando a cidade foi escolhida
como sede, e garantir que todos os produtos já adquiridos não percam a
validade.
- As medalhas e os
pódios, que sempre levam a logomarca dos Jogos, também seguirão com a grafia
Tóquio 2020. Ou seja, mesmo com os Jogos sendo realizados em 2021, as medalhas
conquistadas pelos atletas terão o símbolo de 2020, assim como os pódios nos
quais eles subirão para ouvir o hino nacional de seus países após o título.
- O Comitê Olímpico
Internacional (COI), juntamente com o Primeiro Ministro do Japão, anunciaram
oficialmente nesta terça-feira que as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2020 estão
adiadas para o ano que vem, ainda sem data confirmada.
- O orçamento de todos
os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas
também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a
questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos.
REVEZAMENTO DA TOCHA OLÍMPICA É ADIADO NO JAPÃO
- Depois do adiamento
das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2020 para 2021, o Comitê Olímpico
Internacional (COI) decidiu cancelar o revezamento da tocha olímpica. A chama
chegou à cidade de Tóquio na última sexta e foram recebidas pelos atletas Saori
Yoshida, tricampeã olímpica de wrestling, e Tadahiro Nomura, dono de três
medalhas de ouro no judô. Ainda não há, contudo, uma nova data para o início do
revezamento.
- Apesar disso, a chama
olímpica seguirá no Japão. Presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020,
Yoshiro Mori disse o país não pode começar o revezamento sem discutir medidas
importantes a serem tomadas após o adiamento dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos.
- Vamos desenhar um
novo plano para o revezamento - comentou.
- A pandemia do
coronavírus já teve impactos na jornada da chama olímpica de Olímpia, na
Grécia, até o Japão. Ela foi acesa em uma cerimônia fechada ao público e
entregue para a delegação de Tóquio 2020 a portas fechadas. A perna grega do
revezamento também foi cancelada porque iria juntar muitas pessoas para ver a
tocha, portanto, devido à orientação de evitar aglomerações, não foi possível
realizar o evento com segurança.
- Os escolhidos para
carregar a tocha olímpica terão a preferência no novo revezamento, que está
sendo pensado para antes dos Jogos em 2021, de acordo com os organizadores.
- O revezamento
começaria no dia 26 de março no Japão quando as vencedoras da Copa do Mundo
feminina de 2011 levariam a tocha na J-Village, um Centro de Treinamento em
Fukushima usado como base para enfrentar a crise nuclear daquele ano. Os planos
originais eram para que a chama passasse por todas as 47 prefeituras do Japão
em um período de 121 dias. Casos de Covid-19 continuam a crescer no Japão,
ainda que com taxas menores que a maioria dos outros países.
- A pandemia de
coronavírus já registrou mais de 425 mil casos e mais de 18 mil mortes por
complicações da Covid-19 em todo o mundo. Em sua 32ª edição, a previsão era de
que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos,
distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o
COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas
recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de
disputas.
- No total, 178 atletas
brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão
do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do
país ficasse entre 250 e 300 competidores.
PRESIDENTE DO COB FESTEJA DECISÃO DE ADIAR
- O presidente do COB
(Comitê Olímpico do Brasil), Paulo Wanderley, comemorou a notícia de que o
Japão anunciou que definiu com o COI (Comitê Olímpico Internacional) o
adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que seriam realizados entre 24 de
julho e 9 de agosto.
- Ele se disse
"aliviado" com a decisão tomada nesta terça-feira(dia 24/3).
MANUTENÇÃO REGULAR DAS BOLSAS PÓDIO E ATLETA
- Após adiamento de
Tóquio 2020, Governo Federal anuncia manutenção regular das Bolsas.
- Horas após a
confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, o Ministério
da Cidadania, que engloba a Secretaria Especial do Esporte, se pronunciou
garantindo o pagamento dos programas Bolsa Atleta e Bolsa Pódio em sua total
normalidade.
- Segundo a nota, a
pasta estuda agora formas de “adaptar os termos da prestação de contas dos
benefícios para se ajustar à realidade desse período em que os efeitos da
Covid-19 alteram a rotina de competições e treinamento dos atletas”.
- Atualmente, segundo
prevê a legislação que rege os programas, os atletas beneficiados precisam
enviar uma lista de declarações ao Governo garantindo o uso do recurso para
fins esportivos e a participação regular em treinamentos e competições
nacionais e internacionais durante o período de recebimento da Bolsa.
- O Bolsa Atleta é uma
permanente ferramenta de formação e aprimoramento de atletas brasileiros,
independentemente de seu nível. Será sempre mantido e ampliado - garantiu o
ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
- O presidente do COB
(Comitê Olímpico do Brasil), Paulo Wanderley, considerou acertada a decisão do Comitê Olímpico
Internacional (COI) pelo adiamento das Olimpíadas para 2021.
- Competições de
modalidades olímpicas e paralímpicas foram canceladas nos circuitos
internacionais e, ao seguirem as recomendações de isolamento social da
Organização Mundial da Saúde (OMS), os atletas ficaram impedidos de treinar e
de se preparar adequadamente para um evento da magnitude dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos – afirmou Magalhães.
SUSPENSOS EM 2020 PODERÃO SE BENEFICIAR
- A corrida olímpica de
várias modalidades pode sofrer alterações por conta do adiamento dos Jogos
Olímpicos de Tóquio para 2021. Após questionamento do GloboEsporte.com, a
Agência Mundial Antidoping (Wada) informou que, quem estiver punido por doping
e tiver cumprido a sua sentença até o período classificatório, estará apto a
competir na Olimpíada do ano que vem.
- Em outras palavras,
atletas que estariam suspensos durante os Jogos deste ano poderão voltar a
brigar por vaga caso consigam retornar a tempo de disputar competições
pré-olímpicas. No esporte brasileiro, um caso emblemático é o de Rafaela Silva.
Suspensa até agosto de 2021, a judoca tenta encurtar a sua pena em seis meses, o
que a deixaria apta a brigar por vaga em Tóquio.
- Os períodos de
inelegibilidade impostos pelo Código Mundial Antidopagem são por períodos
específicos e incluem todas as competições que ocorrem durante esse período.
Não há nenhuma disposição no Código para Organizações Antidopagem para escolher
períodos de tempo nos quais o atleta teria mais ou menos eventos para competir
- informou a Wada.
- Campeã olímpica e
mundial, RAFAELA SILVA testou positivo para a substância fenoterol, que age
como broncodilatador. A reprovação no exame antidoping aconteceu em agosto do
ano passado, quando a carioca conquistou o ouro - posteriormente retirado - na
categoria -57kg dos Jogos Pan-Americanos de Lima.
- Quem também poderia
retornar à corrida olímpica é ANDRESSA DE MORAIS, do atletismo. Suspensa
preventivamente pela Unidade de Integridade do Atletismo por testar positivo
para o anabolizante SARM S-22 na final do lançamento do disco dos Jogos
Pan-Americanos de Lima, a atleta, que chegou a perder a medalha de prata
conquistada no Peru, ainda não sabe quando voltará a competir.
- No ciclismo, KÁCIO
FREITAS é outro nome que pode retornar ao cenário olímpico por conta do adiamento
dos Jogos de Tóquio. Bronze por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019,
ele também está suspenso preventivamente por ter testado positivo na mesma
competição e ainda não tem previsão de retorno às pistas.
DE TÓQUIO 1940 A TÓQUIO 2020, A COINCIDÊNCIA DOS JOGOS ADIADOS
- Pela primeira vez, os
Jogos Olímpicos de verão acontecerá em ano ímpar, embora com a manutenção da
marca Tóquio 2020. Mas não é a primeira ocasião em que a capital do Japão
precisa abrir mão de seus planos de organizar a Olimpíada. Em março de 1938, depois
do início da guerra Sino-Japonesa, as autoridades do país também insistiam que
seria possível realizar a maior festa do esporte do planeta.
- No entanto, até mesmo
no país havia militares solicitando que os palcos dos jogos fossem construídos
em madeira, pela necessidade de usar metais nos campos de batalha. Em julho de
1938, o Comitê Olímpico Internacional decidiu transferir a Olimpíada para
Helsinque, cidade segunda colocada na disputa para ser sede -- Roma e Barcelona
também concorreram.
- Os Jogos só foram
definitivamente cancelados depois da explosão da Segunda Guerra Mundial, em
1939.
- A incrível
coincidência não é apenas pela necessidade de adiar a Olimpíada, mas pela
seqüência de declarações do governo japonês de que seria possível realizar as
competições ainda em 2020.
- Os motivos do
adiamento parecem diferentes, mas são semelhantes. Estamos em guerra. Só que
contra um vírus invisível.
ADIAMENTO PODE TER CUSTO DE R$ 13 BILHÕES AO JAPÃO
Yoshiro Mori e Toshiro Muto (à direita) |
- A informação é do jornal japonês especializado em economia
"Nikkei", que levanta também a questão de quem arcará com isso,
afirmando que, provavelmente, serão os "contribuintes japoneses".
COMITÊ ORGANIZADOR TÓQUIO 2020 VAI TER DESPESAS
ADICIONAIS
- O presidente do
Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, 2024, Tony
Estanguet, afirmou que o adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021 não
acarretou problemas para os franceses. De acordo com ele, a preparação da
capital da França segue dentro do cronograma e não há motivos para preocupação.
- Adiamento dos Jogos
de Tóquio 2020 ainda não impacta na organização de Paris 2024.
Fonte: globo.com