MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 21 DE DEZEMBRO
DE 2015 – SEGUNDA-FEIRA
RIO 2016 – LEGADO
OLIMPICO
MUSEU DO AMANHÃ: O LEGADO
JÁ É
- Nem só de arenas esportivas são feitos os Jogos Olímpicos. Aproveitar
as oportunidades de desenvolvimento e deixar legados são preocupações
fundamentais do Rio 2016. Nesta quinta-feira (17), mais que um marco de
modernização, a inauguração do Museu do Amanhã, na Praça Mauá, concretiza: a
menos de sete meses do começo do maior evento esportivo do mundo, o futuro já
chegou à cidade.
“Tanto o museu quanto o esporte são uma homenagem da humanidade a si
própria. São reinvenções que nos dignificam, que exaltam o ser humano e sua
origem”
- O Museu do Amanhã impressiona tanto pela grandiosidade como pela
suavidade. As estruturas de ângulos improváveis contrastam com curvas
surpreendentes – e a predominância da cor branca confere ao local uma leveza
quase que sobrenatural. Autor de renomadas obras pelo mundo – inclusive o
estádio Olímpico de Atenas –, o espanhol buscou inspiração em diversos aspectos
do Rio de Janeiro. E o esporte, claro, não poderia ter ficado de fora do
inspirador DNA da cidade.
“O esporte é uma inspiração, é uma
coisa extraordinária. É algo saudável, educativo, jamais prejudica. É um dos
instrumentos mais antigos que existem para educar, sobretudo os jovens. E é
também um grande gerador de beleza. Basta ver, por exemplo, os 100m rasos, a
ginástica, ou a intensidade e da emoção de ver duas equipes competir”, disse.
- A forma, os ângulos pouco convencionais, a tecnologia sensorial... tudo
foi pensado para apontar para o futuro, com objetivo de causar impacto nos
visitantes. A proposta do museu é que ninguém saia dali indiferente.
“Quero voltar ao Rio quantas vezes for possível. Sempre saio encantado.
Estivemos na Vista Chinesa e, com aquele crepúsculo, pensei: esta é a cidade
mais linda do mundo”
- Para Calatrava, é muito importante que todo o entorno esteja integrado
ao museu. No Rio, ele encontrou um ambiente com um grande leque de opções para
seu projeto. “O Dedo de Deus, a baía de Guanabara, as plantas aqui instaladas,
típicas da Mata Atlântica... tudo interage com a cidade como um todo, com seus
moradores e sua geografia”, disse.
- Encantado com o Rio e apaixonado por esqui, escalada e ex-praticante de
vela, Calatrava afirma que estará no Rio para acompanhar os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos no ano que vem. E já sabe o que quer assistir:
“Quero ver a final dos 100m! É uma grande emoção. Muito curta, pouco mais
de 9s, mas extraordinária!”.
- A inauguração do Museu do Amanhã é um marco de revitalização do centro
do Rio de Janeiro. Chegando a bordo do novíssimo VLT (veículo leve sobre
trilhos) , a presidente da República Dilma Rousseff, o governador Luiz Fernando
Pezão e o prefeito Eduardo Paes enfatizaram a importância histórica do lolcal e
os frutos que serão deixados para o amanhã.
“Os Jogos Olímpicos são uma alavanca de transformação para a cidade, e a
Praça Mauá é um grande símbolo disso”, afirmou o prefeito, voltando-se também
ao museu do outro lado da praça, o MAR (Museu de Arte do Rio).
- Após uma breve visita à exposição do museu, autoridades políticas e
personalidades da cultura carioca (como Fernando Meirelles e Vik Muniz, líderes
de cerimônia Rio 2016, e o jornalista Marcelo Tas) se acomodaram no auditório
do museu – também moderno, em formato oval e ornamentado com estruturas
verticais nas paredes – para os discursos de inauguração. Agradecimentos, bom
humor e discursos sobre a importância do legado para a população carioca
marcaram as falas da cerimônia.
“O prefeito estava certo quando dizia que o Rio estava de costas para o
que tinha de mais bonito”, lembrou a presidente Dilma Rousseff. Ela lamentou
não poder ter ficado todo o tempo que queria nas exposições do museu, devido á
pressa do prefeito Eduardo Paes. “Vamos logo, vamos embora, temos uma
inauguração a fazer”, reproduziu, sorrindo, o que ouviu do prefeito.
- A cerimônia foi seguida por um
breve coquetel para convidados e trabalhadores da construção do museu,
realizado no lado externo. Nada mais justo para quem ajudou a erguer uma
estrutura de 55 mil toneladas de concreto, 4,3 milhões de kg de metal, 76 mil
litros de tinta – em 20m de altura e 338m de comprimento.
“Ver o museu pronto e sendo inaugurado por tanta gente importante é muito
gratificante. Pegamos pesado de verdade, mas é uma grande honra ver tudo pronto
e tão bonito agora”, disse o operário Evandro Pereira, de 35 anos, um dos
responsáveis pelas instalações elétricas do museu. Assim como seu colega Marcos
Antônio Natividade, que não vai demorar muito a voltar para a obra que ajudou a
erguer: “Vou trazer minha família toda aqui para conhecer nosso trabalho, com
certeza”.
Fonte: UOL Esportes