MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 2 DE DEZEMBRO DE 2013 *
SEGUNDA-FEIRA
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TEXAS HOLD’EM
(CBTH)
PÔQUER VÊ APOSTA EM CELEBRIDADES SURTIR EFEITO COM BÊNÇÃO DE REBELO
- Uma das estratégias da
Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) para mudar a imagem marginal do
pôquer no País foi convidar celebridades para participar de seus torneios. Na
última quinta-feira, a entidade deu um passo significativo no sentido de ver a
atividade reconhecida pela opinião pública como esporte ao receber a bênção
ministro Aldo Rebelo na abertura da última etapa do Campeonato Brasileiro.
- “Por ser um jogo de baralho, o pôquer vem
batalhando há anos no Brasil para fugir de qualquer estigma negativo. Todas as
pessoas do meio sabem o quão estratégica, matemática e científica é a
modalidade, mas ainda existiam algumas barreiras políticas que impediam uma
figura de primeira grandeza da política nacional de comparecer aos eventos”,
diz Igor Trafane, presidente da CBTH.
- Posicionado entre o dirigente e
Ronaldo, contratado para atuar como uma espécie de embaixador por um site de
pôquer, Aldo Rebelo discursou na abertura da Brazilian Series of Poker
Millions, em São Paulo. Satisfeito, Trafane lembrou que o jogo, oficialmente
considerado um “esporte da mente”, a exemplo do xadrez, é estudado até mesmo em
universidades e interpretou a presença do ministro como símbolo de ganho de
terreno.
- “O Aldo não veio como pessoa física, mas como
chefe da pasta dos Esportes do governo federal brasileiro. É a presença do
Estado em um campeonato de pôquer, o que demonstra a percepção esportiva da
atividade. O jogo não é mais reconhecido apenas por A, B ou C, mas sim pela
instituição máxima do esporte no Brasil, o Ministério, na figura do próprio
ministro”, afirmou Trafane.
- A Brazilian Series of Poker
surgiu em 2006 como o primeiro circuito nacional de pôquer e atualmente, com
oito etapas em cinco estados, mantém uma média de aproximadamente 800
participantes no evento principal de cada fase. No encerramento do campeonato,
realizado em São Paulo, a organização apostou em celebridades do esporte e do
mundo artístico.
- O Desafio das Estrelas contou
com nomes como Maurren Maggi (atletismo) e Rodrigão (vôlei), campeões
olímpicos, além de Vanderlei Luxemburgo (futebol), Oscar Schmidt (basquete),
Fernando Scherer (natação) e Bruno Soares (tenista), ganhador da chave de duplas
mistas do Aberto dos Estados Unidos-2012. Os pilotos Lucas di Grassi, com
passagem pela Fórmula 1, e Popó Bueno também participaram.
- A principal aposta, no entanto,
é o ex-atacante Ronaldo. Sentado ao lado do norte-americano Chris Moneymaker,
famoso por revolucionar a modalidade em 2003 ao ganhar o evento principal da
World Series of Poker, e do brasileiro André Akkari, principal jogador do País,
o antigo centroavante da Seleção ofuscou a dupla e atraiu o interesse da
imprensa.
- Vanderlei Luxemburgo é fã de
pôquer. Crédito: Carlos Monti/PokerStars
“Sou apaixonado pelo pôquer. Tenho
aprendido muito e fico bravo quando perco, o que significa que minha paixão é
verdadeira. Não tenho a pretensão de ser profissional. Quero apenas me
divertir. Gosto da adrenalina de competir, mas não consigo disfarçar. Quando
pego cartas boas, começo a tremer e todos percebem”, disse o astro, que
disputou as etapas de Barcelona do European Poker Tour e de San Remo do Italian
Poker Tour.
- Ronaldo odiava os longos
períodos de concentração, comuns no futebol brasileiro, e costumava usar o
pôquer como passatempo. Na temporada de 2010, Adilson Batista, então técnico do
Corinthians, ficava irritado com o carteado do centroavante e seus
companheiros. Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, é um grande admirador do jogo.
- Além das estrelas do esporte, a
organização convidou para o Desafio das Estrelas nomes como o comediante Márvio
Lúcio, o Carioca, e os cantores Marcos e Hugo Pena, parceiros de Belutti e
Gabriel, respectivamente. Uma série de empresários completou a trupe, como Luís
Fernando Musa (Grupo Ogilvy), Theo Lima (diretor do Twitter no Brasil) e Loy
Barjas (F/Nazca), entre outros.
- “Antigamente, o pôquer era jogado por senhores
de 65 anos fumando charutos. Agora, é praticado por pessoas de todas as idades,
no mundo inteiro. Quando ganhei a World Series, em 2003, ser jogador de pôquer
não era algo bem aceito, era uma vergonha. Isso está mudando a cada ano.
Atualmente, há muitos profissionais que têm orgulho do que fazem”, disse Chris
Moneymaker.
Fonte: Confederação Brasileira de
Texas Hold’em (CBTH)