MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2014 * SEXTA-FEIRA –
DIA DO ANIVERSÁRIO DO PARANÁ
CONFEDERAÇÕES E OS PROBLEMAS DE DESVIOS
VÁRIAS CONFEDERAÇÕES TIVERAM PROBLEMAS COM VERBA
PÚBLICA
-
As denúncias de irregularidades na gestão de dinheiro público na Confederação
Brasileira de Vôlei (CBV) apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU) na
semana passada pintam com cores fortes o quadro atual da administração das
entidades esportivas no país. Muitas delas dependem 100% dos cofres federais, e
nem sempre o destino final desta verba tem sido o apoio e o desenvolvimento das
modalidades.
-
Algumas confederações macularam seus nomes após investigação da Justiça,
Tribunal de Contas da União ou até mesmo Polícia Federal. Outras, não chegaram
a este ponto, mas o gerenciamento das finanças e dos recursos humanos à
disposição (neste caso, os atletas) foi tão turbulento, que provocou uma fuga
de investidores estatais.
-
O UOL Esporte listou algumas das confederações esportivas que tiveram algum
tipo de problema com a gestão do dinheiro público. Confira, abaixo, em ordem
alfabética:
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE BASQUETE
-
Justificando retirada do investimento no esporte de uma maneira geral, a
Eletrobras deixou de patrocinar a CBB. Desde 2009, o UOL Esporte mostrou que a
verba, por diversas vezes, era utilizada até para pagar juros bancários de
dívidas passadas da Confederação Brasileira de Basquete. No início de 2013, a
entidade admitiu que devia a bancos, agências de turismo e até o condomínio da
sede.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE CICLISMO
-
Perdeu o patrocínio do Banco do Brasil
em 2011 após a revelação, pela imprensa, de que não dava publicidade aos casos
positivos de doping, o que contraria as regras da Wada (Agência Mundial
Antidoping). Em 2012, o Tribunal de Contas da União constatou irregularidades
na execução de convênios com o Ministério do Esporte, como simulação de
competitividade em licitações e falta de divulgação de concorrência pública.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE CANOAGEM
-
Não pode receber o dinheiro via Lei de
Incentivo ao Esporte do patrocínio do BNDES à modalidade, porque possui dívidas
na Receita Federal oriunda, ainda, dos bingos, cujo funcionamento está proibido
no território nacional. Assim, a instituição governamental repassa verbas para
Federação Paranaense de Canoagem e para Academia Brasileira de Canoagem para
que possam ser realizadas as competições.
COMITÊ
OLÍMPICO BRASILEIRO
-
O TCU (Tribunal de Contas da União)
alertou, em relatório divulgado em março de 2014, sobre as previsões conservadoras
de arrecadação de recursos da Lei Piva, oriundos dos prêmios das loterias.
"Previsão de receita consideravelmente diferente da efetivamente
arrecadada, com repercussão na distribuição dos recursos às confederações, por
ser baseada nessa estimativa". Em outro trecho, o relatório do TCU aponta
que há "ausência de análise da autonomia e viabilidade financeiras"
das confederações.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE DESPORTOS NO GELO
-
O ex-presidente Eric Maleson é acusado de gestão temerária, falsificação de
documentos e desvio de verbas. A entidade estava sem receber recursos havia
seis anos. Desde a intervenção, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) voltou a dar
suporte financeiro aos projetos olímpicos. Em 2014, realizou eleição, vencida
pelo ex-atleta de skeleton, Emilio Strapasson.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE FUTSAL
-
Uma gestão pautada pela mão-de-ferro de cartolas e dívidas com os jogadores que
serviram à seleção brasileira e com alguns fornecedores afugentaram
investidores estatais. Correios e Banco do Brasil redirecionaram o patrocínio
para outras modalidades.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE TAEKWONDO
-
Dirigentes da CBTKd foram investigados pela Polícia Federal com suspeita de
desvio de recursos e fraude em licitações envolvendo um convênio de R$ 3
milhões firmado com o Ministério do Esporte. Para a PF, há suspeita de
inidoneidade das empresas contratadas pela confederação. O taekwondo possui
contrato com a Petrobras, que, apesar das denúncias da Polícia Federal, está
mantido.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE TÊNIS
-
O UOL Esporte mostrou neste mês que o presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa,
utilizou recursos de origem pública que pertenciam à confederação que preside
para pagar despesas pessoais suas e de sua família, como salário da empregada
doméstica e compromissos financeiros da empresa de confecções de sua mulher,
Márcia Beatriz Dutra.
CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE VÔLEI
-
Relatório divulgado pela Controladoria Geral da União na semana passada revelou
que 13 contratos firmados entre a CBV e algumas empresas estão sob suspeita de
irregularidades, como falta de comprovação de serviço prestado, vínculo
familiar com o então presidente da CBV, Ary Graça, contratação de empresas
cujos sócios eram funcionários da confederação, entre outras itens. O Banco do
Brasil, patrocinador desde 1991, suspendeu o repasse de verbas até que a
entidade esportiva justifique cada item do relatório da CGU.
Fonte:
uol