MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 11 DE DEZEMBRO DE 2014 * QUINTA-FEIRA
– DIA DO ENGENHEIRO E ARQUITETO
CORRIDA
INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE
SECRETÁRIO PARABENIZA SÃO SILVESTRE E VÊ SP COMO CIDADE DAS
CORRIDAS
- Criada pelo jornalista Cásper
Líbero em 1924, a Corrida Internacional de São Silvestre terá sua 90ª edição
realizada no próximo dia 31 de dezembro. Na esteira da prova disputada pelas ruas
de São Paulo, a capital paulista tornou-se um polo de eventos do gênero.
- “São Paulo é, definitivamente, a
cidade das corridas de rua”, define Celso Jatene, secretário municipal de
esportes, lazer e recreação, entidade responsável por organizar o Circuito
Popular de Corridas de Rua, disputado de forma gratuita em bairros da
periferia.
- Formado em direito, Celso Jatene
foi eleito para o quarto mandato consecutivo como vereador em São Paulo no ano
de 2012 e tirou licença do cargo ao ser nomeado pelo prefeito Fernando Haddad
para comandar a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação.
- Além de parabenizar a São
Silvestre, o secretário defendeu o incentivo ao ciclismo e manifestou o desejo
de ver o Pacaembu passar por um processo de modernização – conselheiro vitalício
do Santos, ele garantiu que a ligação com o clube não implica em qualquer
privilégio em relação ao estádio.
- Celso Jatene, secretário de
esportes, lazer e recreação, vê São Paulo com vocação para as corridas de rua
EM 2014, A CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE CHEGA AOS 90 ANOS
E A SÃO SILVESTRINHA TERÁ SUA 21ª EDIÇÃO. O QUE ISSO REPRESENTA PARA SÃO PAULO?
- É muito importante podermos ter a
oportunidade de participar da São Silvestre, que em 2014 comemora seus 90 anos.
É um momento de muita alegria, porque São Paulo definitivamente virou a cidade
das corridas de rua. Em 2014, mesmo parando um mês por conta da Copa do Mundo,
vamos superar a marca de 140 provas. Em 2015, teremos mais de 160. São Paulo é
a cidade dos eventos de rua. As atividades ciclísticas vêm crescendo muito e
chegam a reunir 120 mil pessoas em um domingo de sol. As pessoas estão se
acostumando a fechar as ruas e ocupar os espaços públicos com atividades
físicas.
- Nesse ano, já promovemos 16
etapas. As corridas do Circuito ocorrem nos bairros que normalmente não recebem
essas provas. Temos eventos em todas as regiões da cidade, dando preferências
aos moradores locais, com inscrições gratuitas nas subprefeituras. Em 2015,
serão 24 etapas e vamos tentar ampliar um pouco mais a infraestrutura,
oferecendo melhores condições aos corredores. Após as provas, acontece a
caminhada da família, no mesmo percurso.
UMA MARCA DA ATUAL GESTÃO É O INCENTIVO AO CICLISMO POR MEIO DAS
CICLOFAIXAS E CICLOVIAS. DE QUE FORMA A SECRETARIA DE ESPORTES PARTICIPA DISSO?
O programa das ciclovias é
coordenado pela Secretaria de Transporte. A Secretaria de Esportes participa
com a criação de atividades para os ciclistas. Só quem não quer enxergar não
percebe que o número de ciclistas na cidade é gigantesco, tanto os que utilizam
a bicicleta no dia a dia quanto os que encaram apenas como lazer. Aumentou
demais, são famílias inteiras. As pessoas gostam e querem usar a bicicleta na
cidade de São Paulo. Nós temos que criar condições para isso.
- Recentemente, foi inaugurada uma
pista de skate na Praça Roosevelt, tradicional reduto da modalidade…
O skate na cidade de São Paulo com
certeza vai ter outra cara. Além do espaço delimitado na Praça Roosevelt, vamos
construir uma pista no Ceret, que deve ser inaugurada no começo de 2015. O
centro esportivo de Ermelino Matarazzo e os novos CEUs também terão pistas. No
antigo Clube de Regatas Tietê, faremos a maior da cidade, com uma área de quase
3 mil metros quadrados. Já estamos em fase de licitação e ficaria pronta no
final do ano que vem.
O ANTIGO CLUBE DE REGATAS TIETÊ, RETOMADO PELA PREFEITURA, FOI
ABERTO À POPULAÇÃO EM SETEMBRO. COMO TEM SIDO A ADMINISTRAÇÃO DESSE ‘NOVO’
EQUIPAMENTO?
- Durante o ano de 2013, cuidamos e
tratamos a área. Para você ter uma ideia, tiramos do Tietê mais de 500
toneladas de lixo, com escorpiões que precisamos matar. Em 2014, começamos a
fazer a recuperação do local para poder entregá-lo à população. O espaço já
recebeu um show e a abertura da Virada Esportiva. Agora, vamos fazer um evento
de Natal e, no começo de janeiro, montar uma espécie de praia.
- Criada pelo jornalista Cásper
Líbero, a São Silvestre terá sua 90ª edição realizada no dia 31 de dezembro
QUAL É A SITUAÇÃO DO CLUBE ESPERIA? ELE TAMBÉM DEVE SER RETOMADO
PELO PODER PÚBLICO?
- O Esperia ainda não é
responsabilidade da Secretaria de Esportes. O futuro tanto do Esperia quanto do
Círculo Militar, que também já teve sua concessão vencida, será definido por
quem cuida do patrimônio da Prefeitura. Se por acaso alguma área for retomada e
vier para a responsabilidade da Secretaria de Esportes, estaremos prontos a
retribuir e abrir gratuitamente à população. É sempre esse o nosso objetivo. Na
Chácara do Jóquei, por exemplo, que voltou a ser um terreno público
recentemente, estamos fazendo uma gestão compartilhada.
SOBRE O ESTÁDIO DO PACAEMBU, A TENDÊNCIA É QUE A DEMANDA DIMINUA APÓS
A CONCLUSÃO DAS ARENAS DE PALMEIRAS E CORINTHIANS. QUAIS SÃO OS PLANOS PARA O
ESTÁDIO?
- Faremos um chamamento público para
o Pacaembu em 2015. Já tenho autorização do prefeito Fernando Haddad para isso.
Na primeira etapa, vamos constituir um edital com uma série de exigências de
padrão de qualidade para modernização, recuperação e restauração do espaço
tombado. Quem vencer terá um prazo para apresentar o projeto e as garantias de
que tem condições de executá-lo. Calculo que com menos de R$ 200 milhões
ninguém consegue ser parceiro no Pacaembu. Não vamos fazer uma concessão pura e
simplesmente para ficar livres do estádio.
- A Secretaria de Esportes tem
condições de continuar administrando Pacaembu?
O custo fixo do estádio está totalmente
inserido no orçamento da Secretaria de Esportes. Se for para permanecer como
está hoje, a Secretaria fica com ele tranquilamente por mais 1.000 anos. Não
tem dificuldade alguma. O que estamos querendo com o chamamento é abrir a
possibilidade de modernizar as instalações do Pacaembu, de restaurar a parte
tombada. Se surgir um parceiro capaz, partimos para a segunda etapa do
chamamento.
COMO TORCEDOR FANÁTICO DO SANTOS, O SENHOR GOSTARIA DE VER O TIME
JOGAR COM MAIS FREQUÊNCIA NO PACAEMBU?
- Eu vou ver o Santos onde puder,
sempre. Quando garoto, fui presidente da Torcida Jovem, de 1977 até 1979.
Acompanhei o time no Brasil inteiro. Dormi muito em rodoviárias e viajei
bastante de madrugada. Até tomo cuidado para que meus filhos torçam pelo
Santos, mas não sejam tão fanáticos quanto eu. Vou acompanhar o clube onde e
como ele estiver. Se for no Pacaembu, eu vou. Se for na Vila Belmiro, eu vou.
Se não puder ir, ligo a televisão.
A SUA LIGAÇÃO COM O SANTOS PODE FACILITAR UM EVENTUAL ACORDO PELO
PACAEMBU?
- Não, porque tenho plena
consciência de que a minha missão é cuidar do Pacaembu e de todos os nossos
equipamentos esportivos. Em momento algum passaria pela minha cabeça colocar o
coração na frente da responsabilidade. Sei que o Pacaembu é um patrimônio da cidade
inteira, que os torcedores de todos os clubes amam o estádio. Se o Santos
quiser, quando o chamamento estiver na rua, que se viabilize para poder gerir o
Pacaembu. Vai ter que fazer um investimento grande. Caso contrário, não leva.
Fonte:
agazetaesportiva.net