4.1.15

MINISTERIO DO ESPORTE: MINISTRO NOVO E CHEFES VELHOS



 

MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 4 DE JANEIRO DE 2015 * DOMINGO - DIA MUNDIAL DO BRAILLE

MINISTERIO DO ESPORTE

GOVERNO DEVE MANTER TODOS OS CHEFES OLÍMPICOS APESAR DE NOVO MINISTRO

- Com a posse do novo ministro do Esporte George Hilton (PRB-MG), nesta sexta-feira, começou a se desenhar o xadrez da nova organização do esporte dentro do governo federal. E há sinalização de que a Casa Civil deve assumir a condução da Olimpíada, como antecipara Edgar Alves, em sua coluna na “Folha''. Dentro do Esporte, a tendência é a manutenção da estrutura do departamento de alto rendimento, que cuida das verbas para a preparação de atletas olímpicos.

- Assim Hilton teria autonomia para tocar outros setores da pasta como os programas sociais, Segundo Tempo e distribuição de quadras. Para as questões do futebol, onde há uma discussão de lei refinanciamento para os clubes, há indefinição.

= Titular do Ministério da Casa Civil, Aloísio Mercadante já vem pressionando desde a Copa do Mundo para que sua pasta tenha mais protagonismo nos grandes eventos. No Mundial, perdeu a queda-de-braço pois o secretário-executivo do Esporte, Luis Fernandes, tornou-se o homem forte da sua organização.

- Na Olimpíada, é provável que a Casa Civil passe a coordenar ações. A APO (Autoridade Pública Olímpica) já é a responsável por controlar a execução de obras e de orçamentos dos projetos, tocados majoritariamente pela prefeitura do Rio de Janeiro. A empresa tem como titular Fernando Azevedo e Silva, que é indicação pessoal de Dilma e não deve sair. O Esporte, no entanto, tinha rubrica de algumas despesas olímpicas.

- A coordenação da preparação de atletas, por meio de injeção de verbas recordes no Plano Medalha (estatais, tesouro e lei de incentivo), deve continuar no Esporte, mas sem influência do novo ministro. A tendência é que o secretário de alto rendimento, Ricardo Leyser, seja mantido. Ele tem relação muito boa com a Casa Civil, o que fortalece sua permanência, além do que agora é um período crucial em que falta apenas um ano e meio para os Jogos.

- A coluna de Lauro Jardim, na Veja, mostrou que Dilma não prometeu a nenhum ministro porteira fechada, isto é, todos os cargos dentro de sua pasta. Isso reforça a tendência a fatiar o poder no Esporte.

- Em seu discurso de posse, o ministro George Hilton, que admitiu não entender da área que assume, disse que priorizaria o esporte educacional, e programas sociais. Falou rapidamente sobre o legado da Olimpíada. Ele já fez ligações para cartolas e ex-atletas influentes para tentar amenizar a má impressão causada por sua nomeação.

UMA INCÓGNITA É O FUTEBOL

- Homem forte do ministério, Luis Fernandes pode sair para acompanhar Aldo Rebelo no Ministério de Ciência e Teconologia. Ele é oriundo da área de pesquisa, e já atuou na pasta. Se ele sair, o ministério ficaria sem o principal nome em meio à negociação da LRFE (Lei de Refinanciamento Fiscal do Esporte) para os clubes, e teria de ser definida a situação do secretário de futebol, Toninho Nascimento. A Casa Civil já participava desta negociação também.

- George Hilton vai começar a reunir os atuais homens do ministério para conversar na próxima semana. Só depois disso deve dar sua primeira entrevista para explicar os planos da pasta.
Fonte: Rodrigo Matos/uol.com