MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 22 DE ABRIL DE 2015
– QUARTA-FEIRA – DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL
FUTEBOL FEMININO NA CORDA BAMBA
PARA ONDE VAI O FUTEBOL FEMININO?
- A polêmica Medida
Provisória 671, que trata da dívida fiscal dos clubes, tem um artigo criando
uma tal de “APFUT”. Essa coisa
esdrúxula, em nível de governo, é a “Autoridade Pública de Governança do
Futebol” que terá, entre outras
competências, “estabelecer padrões de investimento em formação de atletas e no
futebol feminino, conforme porte e estrutura da entidade desportiva
profissional”.
ATRASO
- Em recente
entrevista à rádio CBN, o técnico da Seleção Brasileira de Futebol feminino,
Oswaldo Alvarez, o Vadão, demonstrou como estamos muito atrás da realidade de
outros países.
- Na França, segundo
Vadão, existem mil núcleos de futebol feminino,
categorias sub 6 e sub 8 anos, cada um abrigando cem meninas. Daqui a 10
anos serão, em termos, 100 mil atletas profissionais em competições nacionais.
Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Japão, Suécia, enfim, seguem a receita da
“massificação”. Marta
- Os franceses estão
oferecendo às garotas a oportunidade de praticarem a modalidade que gostam, sem
a obrigatoriedade de formar atletas. Mas não há dúvidas de que num universo
desse tamanho fica fácil identificar as talentosas para o futebol.
“Como vamos competir
com essas escolas se aqui não temos o desenvolvimento”? Não temos nem
campeonato Sub-20! Ficamos com foco na Seleção! E, quando vamos competir,
levamos atletas sem experiência, porque começaram a jogar já na fase adulta”,
justificou o técnico. E isso acontece mesmo tendo exemplo como Marta (foto), 30
anos, cinco vezes eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo …
A DIFICULDADE
- Por isso, a Seleção
Brasileira vai para o Mundial de Futebol do Canadá, a partir de 5 de junho com
muitas estreantes em eventos internacionais. E sabem como a CBF resolve o
problema da falta de experiência das jogadoras? “Com psicologia”, segundo
Formiga, 37 anos, que vai para o seu sexto Mundial.
“Sabemos que algumas
atletas viajarão para o seu primeiro Mundial, mas a Seleção conta com um trabalho
de psicologia desde o ano passado. Além disso, as jogadoras mais velhas ajudam
com a experiência, para podermos controlar as mais jovens dentro de campo” –
disse Formiga à reportagem do site Rio 2016, do Ministério do Esporte.
- Sem incentivar
campeonatos estaduais nem promover nacionais, que poderiam ter jogos
preliminares do masculino, a CBF trava o futebol feminino. Trata essa
modalidade olímpica como se a arte do jogo da bola fosse exclusiva dos homens,
enquanto os cartolas negam às mulheres o direito de mostrarem com os pés o que
já conquistaram com as mãos, no basquete, no vôlei, no handebol ..
- Enfim, diante dessa
falta de iniciativas para uma modalidade que já se mostrou atrativa, mundo
afora, e a omissão do órgão oficial do futebol, o governo se aventura numa real
intervenção no futebol feminino. Sinceramente, futebol é competência do Estado
ou os políticos no Ministério do Esporte querem ocupar espaço para conquistar
simpatizantes e eleitores?
Fonte: blogdojosecruz