MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 12 DE JANEIRO DE 2016 – TERÇA-FEIRA
RIO 2016 – BRIGA NA JUSTIÇA
CONSÓRCIO DE OBRA OLÍMPICA IRÁ PROCESSAR A PREFEITURA DO RIO
- São Paulo (SP) - A situação entre o Consórcio ITD, formado pelas
empresas Ibeg, Tangran e Damiani, e a Prefeitura do Rio de Janeiro segue
caótica. Após protestos na última semana, motivados pela falta de pagamento de
verbas rescisórias e salários a funcionários demitidos em dezembro, o órgão
carioca rompeu contrato com as empreiteiras que, agora, cobrarão seus direitos
na Justiça.
- Em entrevista ao site Globoesporte.com, o prefeito do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes, afirmou que a empresa estava chantageando o órgão, afirmando que
não recebia verbas públicas e, assim, não tinha como pagar a indenização aos
operários.
- É uma prática que, infelizmente, algumas empresas de engenharia do
Brasil não percebem que não se pode mais adotar, que é chegar nessa fase das
obras, deixar de pagar funcionário para achar que vai pressionar governo. Deixo
claro que, na Olimpíada, ninguém vai fazer 'pressãozinha de quinta categoria'
para nos obrigar a aumentar valor e esticar prazo. Quem fizer graça, vai ser
afastado de acordo com as normas legais. Isso é pressão e chantagem - disse
Paes.
- As empresas, porém, afirmam que o rompimento unilateral foi feito sem
nenhuma explicação, citando que as obras já estão 95% concluídas. Além disso, o
consórcio alega que há uma dívida da prefeitura com eles e, por isso, irá
cobrar na Justiça uma reparação contra o órgão.
CONFIRA
ABAIXO O COMUNICADO OFICIAL DIVULGADO PELO CONSÓRCIO NA ÍNTEGRA:
"O consórcio formado pelas empresas IBEG, Tangran e Damiani
manifesta sua absoluta perplexidade pelo rompimento unilateral do contrato que
tem com a Prefeitura do Rio de Janeiro para a construção do Complexo Olímpico
de Tênis Barra, sem qualquer explicação oficial ou justificativa formal. Em
primeiro lugar, por ter sido o único estádio do complexo onde já foi realizado
um Evento-Teste, no mês de dezembro de 2015, aprovado e elogiado pelo Comitê
Olímpico Brasileiro, o Comitê Olímpico Internacional, Atletas, Federação de
Tênis (Nacional e Internacional), mídia especializada e a própria Prefeitura da
Cidade.
- Em segundo lugar, porque a própria prefeitura reconhece que 95% das
instalações estão concluídas e a obra está dentro do prazo, faltando apenas a
interligação com os outros estádios e o próprio Complexo Olímpico, obras que
não dependem exclusivamente do Consórcio ITD.
- Em terceiro lugar, pelo reconhecimento público do próprio prefeito
Eduardo Paes da dívida financeira que a prefeitura tem com o consórcio ITD,
publicado pela imprensa no dia 13/01, quarta-feira passada. Motivo pelo qual o
consórcio não fez os pagamentos completos das indenizações a uma parte dos
funcionários dispensados em função do fim das obras.
- Em quarto lugar, pelo desequilíbrio econômico-financeiro sofrido pelo
consórcio em função da enorme alteração unilateral do projeto básico licitado
por parte da prefeitura, bem como pelos constantes pagamentos incompletos das
faturas emitidas.
- Em função de todos estes fatos, documentalmente comprovados, o
Consórcio ITD repudia a atitude do rompimento do contrato e anuncia a busca da
reparação na Justiça pelos prejuízos financeiros causados às empresas, bem como
às suas imagens junto ao público."
Fonte: lancenet.com