MATERIA ATUALIZADA ATÉ DIA 30 DE
DEZEMBRO DE 2016 – SEXTA-FEIRA
CORRIDA INTERNACIONAL
DE SÃO SILVESTRE
FAVORITOS À SÃO SILVESTRE
CHEGAM A SÃO PAULO
- Os atletas favoritos à conquista da tradicional Corrida
Internacional de São Silvestre, que este ano completa 92 anos de existência, já
estão em São Paulo. No início da tarde de hoje (29), os corredores deram
entrevistas a jornalistas em um hotel na região da Avenida Paulista e falaram
sobre as dificuldades da prova, que acontece na manhã de sábado (31), com
largada do pelotão feminino às 8h40 e, do masculino, às 9h.
- A queniana Jemima Sumgong, campeã da maratona nos Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro, é uma das grandes favoritas da prova feminina.
Jemina disse quer pretende sair vitoriosa novamente no país, mas admitiu que a
São Silvestre é mais difícil para ela do que foi a maratona olímpica por causa
da distância: a São Silvestre tem 15 quilômetros (km), mas Jemina prefere
distâncias maiores, de menor velocidade, como a maratona, que tem 42km.
“Prefiro correr distâncias mais longas, então a São
Silvestre será mais difícil para mim do que a Olimpíada”, disse a atleta.
- A principal concorrente da queniana é a etíope Yimer
Ayalew, que venceu a São Silvestre em 2008 e foi bicampeã da prova em 2014 e no
ano passado.
CLIMA
- A alta temperatura registrada nos últimos dias na cidade
de São Paulo não preocupa tanto os atletas, mas a umidade pode ser um obstáculo,
segundo o técnico e agente de atletas africanos Moacor Marconi, o Coquinho.
“O calor é prejudicial a todos, mas para os africanos, o que
mais prejudica a eles não é o calor, é a umidade. Este é um problema seriíssimo
porque lá a umidade é muito seca e baixa e aqui, quando sobe demais, isso
reflete em qualquer atleta muscularmente, vai definhando”, explicou Coquinho,
que tem em sua lista de atletas nomes como Dawit Admasu, da Etiópia, vencedor
da São Silvestre em 2014.
“O calor este ano demorou um pouco mais para vir e, quando
veio, veio com força total. Mas nós que somos atletas profissionais procuramos
sempre fazer uma adaptação bacana para no dia chegar e não sofrer com isso. E
hidratação é fundamental”, disse a atleta Joziane Cardoso, melhor brasileira na
prova do ano passado, na quinta posição. “Procurei fazer um trabalho de força
para não sofrer tanto na [Avenida] Brigadeiro que, dependendo da prova, define
muita coisa. E o calor está geral, então procurei treinar mais cedo e fazer uma
adaptação”, acrescentou.
- Giovani dos Santos, melhor brasileiro no ano passado,
também na quinta posição, disse que espera chegar melhor que os quenianos no
sábado. “Treinei bem e estou treinado para enfrentar qualquer tipo de
situação.”
NOVO TRAJETO
- Este ano, um trecho da prova foi alterado e os atletas
passarão, por exemplo, pela região central da cidade, ao lado do Theatro
Municipal.
- Joziane disse ainda não saber direito qual será o novo
trajeto. “É difícil porque a gente não vai no percurso, não costumamos fazer um
reconhecimento. Para mim será novo porque eu não conheço aqui [São Paulo] também.
Só vou saber mesmo no sábado quando a gente largar e começar a passar pelas
ruas. Mas acho que melhorou porque no ano passado eu senti uns lugares meio
ruins e falaram que tiraram esses trechos de muito sobe e desce e inclinado”,
disse.
“Se tiver de fazer bem ou mal, vai fazer para todos os
atletas. Não estou me preocupando com essa mudança de percurso. Estou mais
preocupado em fazer uma boa prova e principalmente com a Brigadeiro, que é onde
se pode decidir a prova”, disse Giovani dos Santos.
- Já para Coquinho, o novo percurso vai ajudar os atletas.
“Essa mudança ajudou. O percurso ficou mais rápido e foram retiradas curvas,
que incomodavam”, avaliou.
HOMENAGEM À CHAPECOENSE
- Caso suba novamente ao pódio, o atleta brasileiro pretende
fazer uma homenagem à Chapecoense. “Neste ano em que tivemos uma perda muito
grande com o fato que aconteceu com o time da Chape [que foi vítima de um
acidente aéreo na Colômbia], queremos poder amenizar essa dor. Chegando vou
fazer uma homenagem a eles. Eu que não era torcedor de nenhum clube, agora vou
ser torcedor da Chape”, disse o corredor.
- Giovani já subiu cinco vezes ao pódio na São Silvestre e
espera repetir o feito este ano. O atleta vive um bom momento na carreira, com
as conquistas da Volta Internacional da Pampulha e da Meia Maratona
Internacional do Rio de Janeiro e de São Paulo. Mas tem um grande desafio pela
frente: o último brasileiro a vencer a São Silvestre foi Marilson dos Santos,
em 2010. Já a última brasileira a vencer a prova foi Lucélia Peres, em 2006.
LOCAL DA RETIRADA DE KITS
– Rua Abílio Soares, 1300
Dias 27, 28 e 29 de dezembro das 09h às 19h
Dia 30 de dezembro das 09h às 16h
Fonte: globo.com