- MATERIA ATUALIZADA ATÉ DIA 4 DE
FEVEREIRO DE 2017 - SÁBADO -
FIBA
- BASQUETE BRASILEIRO SUSPENSO
FIBA MANTÉM SUSPENSÃO DO BASQUETE
BRASILEIRO
- Genebra, Suíça – A FIBA (Federação Internacional de
Basketball) mantém suspensão e CBB terá de apresentar plano até o fim de abril.
- Seleções e clubes não podem participar de torneios
internacionais. Eleição da CBB está mantida, e entidade máxima deve rever
situação em maio durante congresso.
ENTENDA A SUSPENSÃO DA CBB
- Após horas de reunião na cidade de Lausanne, na Suíça, a
Federação Internacional de Basquete (Fiba) decidiu manter a suspensão à
Confederação Brasileira (CBB). Em nota divulgada em seu site oficial, a
entidade máxima do esporte disse ter sugerido soluções e estabelecido alguns
termos a serem cumpridos até o fim de abril para que a reintegração da CBB seja
possível a partir de maio. Nesse mês, acontece a reunião do escritório central
da entidade máxima do basquete. Até lá, as seleções brasileiras de basquete e
os clubes do país seguem proibidas de participar de competições internacionais.
- De acordo com informações obtidas pela reportagem, a Fiba
adotou uma postura bastante dura em relação às propostas apresentadas pelos
representantes do basquete brasileiro no encontro na Suíça. Nada do que foi
apresentado agradou completamente os membros da Federação que, no fim das
contas, decidiu aguardar as eleições da CBB no dia 10 de março para ver se o
candidato vencedor - Guy Peixoto ou Amarildo Rosa, que estiveram na reunião -
consegue montar um plano estratégico. Se ele for satisfatório, a entidade
máxima do basquete irá reavaliar a suspensão no congresso de maio.
- Ainda segundo fontes ouvidas pelo GloboEsporte.com, foram
apresentadas apenas questões mais gerais. Assuntos específicos, como a
suspensão dos clubes de competições internacionais, bastante protestada por
Flamengo, Bauru e Mogi das Cruzes, que estão fora da Liga das Américas, nem
foram colocadas à mesa para discussão.
- O encontro foi liderado pelo presidente da Fiba, Horacio
Muratore, e o secretário geral, Patrick Baumann e teve a participação de nomes
como Guy Peixoto e Amarildo Rosa, candidatos à eleição presidencial da CBB;
Carlos Nunes, atual mandatário; Augusto Heleno Pereira, diretor executivo de
comunicação e educação corporativa do COB; Agberto Guimarães, diretor executivo
de esportes do COB; Kouros Monadjemi, representante da LNB, clubes da Fiba
Americas e presidente do Comitê de Competições da Liga; e Arnon de Mello, da
NBA Brasil; entre outros.
- Os problemas de governança da CBB foram colocados em
pauta, e a nota ressaltou que os mesmos "infelizmente persistem até o dia
de hoje". Na reunião, a Fiba apresentou à CBB algumas sugestões e termos a
serem cumpridos até maio, quando será realizado o congresso da entidade que
antecede as competições de meio de ano e antes do lançamento do novo sistema de
competições, em novembro. De acordo com a assessoria da entidade máxima do
basquete, as discussões se deram "em termos francos para que a situação
seja remediada tão logo quanto possível".
- Na próxima semana, por sugestão de um representante do
Ministério do Esporte presente no encontro na Suíça, a CBB se reunirá
internamente para apresentar as primeiras soluções à Fiba. Nesse encontro,
estarão todos os dirigentes que foram à reunião em Lausanne. A eleição para
novo presidente da CBB está mantida para o dia 10 de março. Há duas chapas em
disputa: a Chapa "Bola na Cesta, Brasil", liderada por Amarildo Ramo
da Rosa (presidente) e Ênio Rogério Leite Guimarães (vice), e a Chapa
"Transparência", liderada por Guy Peixoto (presidente) e Manoel
Castro (vice).
- Amarildo Rosa, que esteve presente à reunião em Lausanne,
afirmou que a CBB trabalhará junto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o
Ministério do Esporte em uma força-tarefa para cumprir o prazo imposto. A ideia
é que até o fim de abril o vencedor do pleito consiga montar um plano
estratégico que será apresentado para deliberação da Fiba em maio.
- Sinto-me com o dever cumprido, defendendo até o ultimo
instante da reunião para que fosse retirada a suspensão da Fiba, o que foi
defendido também por todos representantes do Brasil aqui, uns com ponderações,
outros, como eu, mais firmes na defesa. A Fiba fez uma contraproposta formulada
por escrito no intervalo e nos apresentou. Ela manteve a suspensão, mas
reconheceu a necessidade da eleição para poder agir com a força-tarefa. Então,
após as eleições, ela vai estar junto ao novo presidente para alinhar Fiba e
CBB. O presidente eleito juntamente com Ministério e COB estarão trabalhando
através da força-tarefa e apresentando à Fiba até o final de abril para
avaliação da retirada da suspensão - falou o candidato.
ENTENDA A SUSPENSÃO DA CBB
- Para suspender a CBB provisoriamente desde novembro, a
Fiba enumerou diversos casos de falta de gestão na entidade. A mandatária do
basquete mundial citou a falta de controle sobre o basquete do país, lembrando
que na Copa América sub-18, em julho passado, os jogadores convocados para a
seleção brasileira faziam parte de um mesmo time e tiveram seus custos pagos
com recursos da Liga Nacional de Basquete.
- Além disso, a ausência de equipes brasileiras em torneios
internacionais também foi lembrada, como no Campeonato Mundial de basquete 3x3
e no Campeonato Sul-Americano sub-15. Não bastasse, a Escola de Técnicos está
desde 2014 sem atividades.
- As dívidas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB)
com a Federação Internacional de Basquete também foram lembradas. Na carta de
suspensão, a Fiba lembra que a CBB não conseguiu dividendos para pagar valores
que já haviam sido renegociados em 11 de abril de 2016. Por fim, também é citado o fato da CBB
encaminhar um processo de novas eleições sem reformular todas as suas ações e
apresentar um plano estratégico.
Fonte: LNB –
Liga Nacional de Basquete