2.6.17

BASQUETE - CBB EM ANÁLISE



- MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 2 DE JUNHO DE 2017 - SEXTA-FEIRA -
BASQUETE - CBB EM ANÁLISE
EMISSÁRIO DA FIBA VISITA O BRASIL E ANALISA O TRABALHO DA NOVA GESTÃO DA CBB
Emissário da Fiba visita o Brasil e analisa o trabalho da nova gestão da CBB
- Rio de Janeiro - A Confederação Brasileira de Basketball tem visita. Desde a última terça-feira, 30 de maio, a CBB recebe no Rio de Janeiro, na sua sede, o espanhol José Luis Sáez, emissário enviado pela Federação Internacional de Basquete (Fiba). Ex-presidente da Federação Espanhola de Basquete, Sáez foi o responsável pelo relatório que em novembro decretou a suspensão da entidade brasileira, tirando das seleções e clubes do país o direito de disputarem competições oficias. Durante sua passagem, o dirigente irá acompanhar de perto os trabalhos da nova gestão. Ele também irá ao evento desta sexta-feira, em Campinas, quando CBB e a prefeitura da cidade paulista assinam convênio que dará ao basquete nacional o seu primeiro CT, na Arena Concórdia.
- A Chapa Transparência venceu o pleito em 10 de março de 2017 e desde então administra. No primeiro instante, Guy Peixoto, presidente eleito, reafirmou o interesse em trabalhar com a Fiba para alavancar o esporte no Brasil, mas optou por não assinar o termo de ajuste de conduta para a realização de uma força-tarefa unindo COB, Ministério do Esporte, Liga Nacional de Basquete, Fiba e a própria CBB. Paulinho Villas-Boas, que nessa configuração seria uma espécie de secretário por até 18 meses (tempo de duração da força-tarefa), acompanha José Luis Sáez nesta visita ao Brasil.
- O espanhol responde por supostos crimes no seu país: má administração de verbas públicas, administração desleal, apropriação indevida e falsidade documental, desvio de capitais, participação de grupo criminal e delito fiscal. No mês passado, foi afastado do conselho da Fiba, mas segue ligado ao órgão e veio ao Brasil para ver de perto o que a nova gestão da CBB está fazendo para se recuperar após enumeros problemas na direção Carlos Nunes, como acúmulo de dívidas e descumprimento de ações como a realização de um importante torneio de basquete 3x3.
- No Brasil, Sáez também deve participar de um evento oficial da NBA quinta-feira, em São Paulo, em ação que marca o início das finais da liga americana de basquete. Antes da viagem, Sáez esteve com o presidente Guy Peixoto no Rio de Janeiro. Viu de perto a nova estrutura administrativa, de diretoria, e que a CBB conseguiu a certidão negativa de débitos (CND), o que lhe dá novamente o direito de conseguir verbas públicas, com o aporte de R$ 3,46 milhões da Lei Agnelo Piva, via Comitê Olímpico do Brasil. Vai acompanhar a assinatura do contrato do CT, e outras ações já feitas, como a parceria com a Mercedes Benz para o uso de um ônibus de última geração para as seleções brasileiras.
- Ele também deve ter as primeiras informações da auditoria contratada pela Chapa Transparência para vistoriar as contas da CBB. A ideia é revirar os últimos oito anos da gestão anterior, de Carlos Nunes, por conta de suspeita de fraudes. Os primeiros 30 dias da gestão Guy Peixoto foram usados para check up da situação. Já os relatórios iniciais da empresa contratada para fazer a auditoria seriam entregues entre 60 a 90 dias, portanto, eram previstos para um período posterior à decisão de maio da Fiba, que manteve o basquete brasileiro suspenso.
ENTENDA A SUSPENSÃO DA CBB
- Para suspender a CBB provisoriamente desde novembro, a Fiba enumerou diversos casos de falta de gestão na entidade. A mandatária do basquete mundial citou a falta de controle sobre o basquete do país, lembrando que na Copa América sub-18, em julho passado, os jogadores convocados para a seleção brasileira faziam parte de um mesmo time e tiveram seus custos pagos com recursos da Liga Nacional de Basquete.
- Além disso, a ausência de equipes brasileiras em torneios internacionais também foi lembrada, como no Campeonato Mundial de basquete 3x3 e no Campeonato Sul-Americano sub-15. Não bastasse, a Escola de Técnicos está desde 2014 sem atividades.
- As dívidas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) com a Federação Internacional de Basquete também foram lembradas. Na carta de suspensão, a Fiba lembra que a CBB não conseguiu dividendos para pagar valores que já haviam sido renegociados em 11 de abril de 2016. Por fim, também é citado o fato de a CBB encaminhar um processo de novas eleições sem reformular todas as suas ações e apresentar um plano estratégico.
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
- Com isso, o Brasil segue fora de qualquer torneio internacional disputado pelo menos até o fim de julho, por questões de preparação, e a FIBA Américas terá que indicar seleções substitutas para esses campeonatos. A manutenção da pena não exclui a possibilidade de a seleção disputar a AmeriCup 2017 (Copa América), que começa no dia 25 de agosto. Com vaga garantida, o Brasil precisará reverter a punição na próxima reunião para não ser substituído no principal torneio do continente.
- O Comitê Central confirma a permanência da suspensão, mas reconhece os esforços da nova diretoria da CBB e estabelece um novo prazo para a Confederação ter a oportunidade de atualizar as informações sobre suas ações para resolver os problemas de governança, finanças e esportivos. O Comitê Executivo irá avaliar novos fatos na próxima reunião, no dia 21 de junho, quando decidirá as medidas apropriadas - explicou a FIBA em nota oficial em seu site.
Fonte: globoesporte.com