- MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 12 /
FEVEREIRO / 2019 - TERÇA-FEIRA -
UFC - CYBORG QUER LUTAR
CYBORG
PEDE LUTA EM CURITIBA E DESCARTA DESCER DE PESO
- No Brasil para o
lançamento da nova temporada da série "Nascidos para o Combate", Cris
Cyborg recebeu a equipe do Combate.com para falar sobre o futuro da carreira. A
curitibana comentou a derrota para Amanda Nunes no UFC 232, em dezembro do ano
passado, e disse que tem o contrato com o Ultimate, com ainda uma luta
restante, expira em maio deste ano. A brasileira se mostrou aberta para
renovação com o evento, mas afirma que não luta em outra divisão de peso.
- No UFC, eu quase
me matei para bater o peso e lutar numa divisão que não era a minha, acho que
meus fãs me apoiaram muito. Agora não tem mais a categoria que eu luto. Então
se eles tirarem ela, infelizmente, estão me tirando também. A possiblidade de
baixar de categoria está fora de cogitação, a Comissão da Califórnia não me
libera, eu também nao tenho condições. Um dos fatores é cuidar da minha saúde
para ter uma vida útil melhor, eu gostaria de lutar na minha categoria, mas se
tirarem, não posso fazer nada. Não vou lutar em peso casado. Minha saúde não
vale meu dinheiro. Acho que se acontecesse alguma coisa quem vai sofrer é minha
família. Em primeiro lugar, eu quero ser feliz.
- Com a retirada da
categoria peso-pena do ranking, Cyborg acredita que seja interessante um
combate contra Megan Anderson, uma das contratadas para o peso da divisão. O
desejo é que a luta aconteça em Curitiba, terra natal de Cris, em maio deste
ano. Confira abaixo a entrevista completa.
DERROTA
NO UFC
- Eu treinei e fiz o
meu melhor, eu sabia que tinha feito tudo. Acredito que não usei o que a gente
treinou, a estratégia de luta era totalmente diferente do que aconteceu. Mas
acho que foi o calor da luta. Fiquei um pouco chateada depois não por ter
perdido, mas por não ter usado o que a gente treinou. Ninguém é invencível, um
dia podia acontecer. Na verdade, quando eu lutei com a Holly Holm, a gente
trabalhou muito isso porque a Holly foge muito. A gente sabia que tinha que
controlar a emoção, não podia agir na emoção. Mas, na verdade, foi a emoção que
me fez campeã. A emoção me fez ficar 13 anos sem perder, foi sempre o jeito que
eu lutei. Não acredito que perdi por isso, mas porque não usei a estratégia que
traçamos. Eu não lembro muito da luta. Lembro da hora em que o juiz separou e
lembro de ver a Amanda chorando no chão, muito emocionada. Eu fui abraçá-la. Eu
acredito que era para ser. E no meu coração, na hora da luta, eu não senti uma
tristeza. Acho que foi vontade de Deus. Acho que perdi a luta, mas ganhei algo
nela. Talvez eu vá ver mais pela frente. Era algo que era para acontecer.
REVANCHE
CONTRA AMANDA NUNES
- Após a luta eu
pedi a revanche direto, pedi ao meu manager para ver isso. Eu sabia que lutar
com uma pessoa da categoria abaixo, eu sempre iria sofrer o risco de perder a
luta e não ter a revanche. Primeira coisa que eu fiz foi pedir a revanche, a
Amanda disse que não vai dar, acho que o evento não vai fazer. Mas vida que
segue. Eu sempre falei que ser campeã para mim é um símbolo, o que gosto de
fazer é lutar, isso que meus fãs gostam de ver. Meu manager vai tentar
renegociar meu contrato, vamos ver se vamos estar no mesmo foco. Temos que ter
o mesmo acordo, se tiver ótimo. Se não estiver também, tudo bem, existem outros
eventos, como eu sempre fiz. Com certeza vamos fazer algo para poder ficar no
UFC, mas não vou me matar para ter a revanche. Minha primeira luta eu nunca
tive minha revanche. Acho que é muito de fases.
FIM
DE CONTRATO COM O UFC
- Meu contrato vence
em março, mas como peguei dois meses de gancho, acho que vence em maio. Eu pedi
para lutar em Curitiba, sei que há rumores da Holly lutar com a Amanda, mas
estou deixando na mão dos meus manager ver o que vai acontecer. Na verdade não
tem ninguém na minha academia, só tem a Megan Anderson. Eu só quero lutar. Acho
que seria correto lutar com a Megan, a gente já era para lutar antes, mas não
sei. Ela deixou em aberto que poderia lutar comigo, mas acho que está nas mãos
do UFC. Quando lutei em Curitiba eles viram como as pessoas gostam de me ver
lutar, enchemos a arena. Acho que se não me colocarem estão perdendo. Mas se
não colocarem também, bola para frente, continuar lutando.
FIM
DA DIVISÃO PESO-PENA
- Eu acho que era a
oportunidade que eles queriam. Eu estava o tempo todo lutando pela categoria,
pedindo para fazer a categoria. Aí no TUF só mantiveram as meninas da categoria
peso-galo. Eu não posso fazer muito, o que eu eu posso fazer é dar o meu melhor
e brilhar. Assim como fiz no Strikeforce e no Invicta.
APOSENTADORIA
DE AMANDA
- Todo mundo fala
que foi a luta da sorte, que se jogasse na loteria ela não iria ganhar. Eu não
vejo assim, como luta da sorte. Acho que foi o dia dela. Foi o momento dela,
Deus abençoou ela ali. Se você vê tecnicamente todas as lutas delas e as
minhas, eu era mais técnica que ela. Para a carreira dela, se fosse qualquer
outra pessoa, não daria a revanche. Aposentar pode ser, ela disse que quer
formar a família dela e isso é uma opção dela. Eu ainda quero lutar por três
anos e pensar numa família. Não quero voltar depois, quero continuar agora, que
estou saudável, que estou bem. Se ela optar por se aposentar é questão dela.
PRÓXIMA
LUTA
- Eu quero continuar
lutando. Se aparecer o cinturão novamente, será ótimo. Sou atleta, claro que
quero minha revanche. Assim como na época eu quis minha revanche com a Erica
Paes. Se você é lutadora, você quer a sua revanche, assim como a Holly quer a
dela comigo. Mas não vou sofrer se isso não acontecer, mas se tiver
oportunidade, eu quero ter. Eu daria, claro, a revanche para a Holly. Eu acho
que ela me melhorou muito com uma atleta e ela merece muito uma revanche. Se
tiver a oportunidade de lutar com ela em Curitiba, seria ótimo.
Fonte: globoesporte.com