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MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 19 DE ABRIL DE 2020 * DOMINGO DIA DO INDIO **
FUTEBOL - CBF -
DIREITOS DE TV
CBF DEFINIU VENDA DE DIREITOS DE TV
INTERNACIONAL
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Em reunião realizada na sexta-feira - dia 17/4 por videoconferência, a CBF e
representantes de 31 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro decidiram
quais serão as empresas para quem serão vendidos os direitos internacionais de
transmissão do torneio.
- As
empresas escolhidas foram a Global Sports Rights Management (GSRM) para
direitos internacionais para TV aberta, TV fechada, pay per view e streaming;
um consórcio formado pela Zeus Sports Marketing e pela Stats Perform para
exibição em sites de apostas. Os valores da negociação não foram divulgados.
- Segundo
uma nota divulgada na noite desta sexta-feira - dia 17/4 pela CBF, o processo
agora entra numa segunda fase, "quando as empresas selecionadas passarão
por validação do escopo de trabalho, atendimento às normas de governança e
conformidade, apresentação das garantias financeiras e formalização dos
instrumentos contratuais".
- Até
que esta fase esteja rigorosamente cumprida, os clubes e a CBF não consideram o
processo concluído. Ainda de acordo com a CBF, a intenção dos clubes é fechar
contratos com duração de quatro anos (2020-2023).
CONCEITO DE VENDA DE
DIREITOS INTERNACIONAIS ACERTA NA MOSCA
- Finalmente
há consenso entre os clubes de que a venda deve estar ligada a menos dinheiro,
mais exposição, para que o Brasileirão ganhe prestígio e dinheiro no próximo
contrato.
- Por
mais de uma década, os clubes de futebol confrontavam-se com ideias de
exposição do Campeonato Brasileiro, de um lado, e de ganhar migalhas de outro.
No meio do caminho, houve propostas importantes, como a da Prevent, que
oferecia perto de R$ 800 milhões. Uma parte grande dos clubes desconfiava da
oferta. Sempre se duvidou das garantias do dinheiro.
- Mais
tarde, em 2017, a CBF convocou os clubes da Série A para um processo de
concorrência. Quem ganhou, a BR Foot, teve o compromisso de injetar R$ 550
milhões. Não pagou uma parcela de R$ 100 milhões em dezembro de 2018 e acabou
processada pela CBF.
- Durante
todos estes anos, havia discussões entre ganhar mais dinheiro ou oferecer uma
degustação, por menor valor e maiores condições de abrir mercado para o futuro.
No processo vencido pela BR Foot, que inicialmente nem estava na licitação, o
Flamengo e o Athletico Paranaense preferiam uma oferta de um fundo de
Luxemburgo, que oferecia menos dinheiro e, supostamente, mais divulgação.
- A
proposta atual só será definida em reunião na próxima sexta-feira. Deve
oferecer perto de US$ 40 milhões por um contrato de quatro anos. Pode-se julgar
o valor pequeno, mas o conceito está correto.
- Não
existe valor para o futebol brasileiro no exterior. Não há exposição e o
Brasileirão só passa em emissoras de tevê da Europa ou da Ásia como complemento
de grade, muitas vezes de madrugada. Ao vivo, passa na Inglaterra, quando há
férias na Europa.
- A
ideia agora é unir os 19 clubes da Série A, exceção ao Athletico Paranaense,
receber um dinheiro pequeno, mas com garantia, e expor o Campeonato Brasileiro.
Também melhorá-lo. Qualquer grande torneio deve ser visto como uma plantinha. É
preciso olhar todos os dias e regar os lugares secos,
- Observar
onde tem água demais. Cuidar do que dá certo e melhorar o que está errado.
- Se
o Brasileirão for cuidado assim, daqui a quatro anos, o valor será maior.
- Foi
o que aconteceu com a Premier League. Nos primeiros anos, ela se expunha quase
de graça. Quando o mundo começou a se apaixonar pelas partidas de Manchester
United, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Tottenham e Manchester City, o preço
subiu. Hoje, só a Liga Espanhola rivaliza com a inglesa tantos nos valores
internos, quanto nos direitos internacionais.
Fonte:
globoesporte.com/PVC