* MATÉRIA ATÉ DIA 3-SETEMBRO-2020 * QUINTA-FEIRA * DIA DO BIÓLOGO *
FUTSAL - MARINGÁ SELETO DESISTE DA PRATA
MARINGÁ SELETO ESTÁ FORA DA CHAVE
PRATA
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Impossibilitado de entrar em quadra por conta da pandemia, clube desistiu da
disputa da segundona. Em entrevista ao Correio do Povo do Paraná, presidente
revela “caça a ginásios” e recusa de adversário. Entenda como fica o
campeonato.
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A pandemia deixa sequelas no futsal paranaense. Depois da desistência de 14 dos
32 inscritos na Série Bronze, de cinco dos quinze integrantes da Série Ouro
Feminina e do Prudentópolis na Prata, mesmo quando a bola voltou a rolar, em 22
de agosto, algumas equipes respiram com ajuda de aparelhos. Em um caso que dividiu opiniões, o Seleto de
Maringá viveu um drama nas últimas semanas.
MARINGÁ SELETO FOI CONTRA A RETOMADA
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O Maringá Seleto foi o único entre os 10 da Série Prata a se posicionar contra
o retorno do estadual no fim de agosto. Voto vencido, a equipe passou a encarar
um dilema que culminou com sua retirada do campeonato.
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A diretoria pediu o adiamento do jogo de estreia, contra o Mariópolis, fora de
casa. Terceira maior cidade do Paraná, Maringá atravessa um quadro epidêmico
mais delicado que dos demais municípios que integram a segundona. A cada dia,
Maringá têm, em média, 120 casos de contaminação. Até o começo de junho, não
tínhamos dez mortes aqui e, de lá para cá, já são mais de 90. Temos um decreto
que proíbe treinamentos e jogos. O prefeito está sendo rigoroso - Eu concordo”,
conta a presidente do Maringá Seleto, Suzana Souza.
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Além de não ter liberação para disputar uma partida em casa, o Maringá Seleto
via-se inerte para deixar o município, como no caso do jogo em Mariápolis. O
transporte dos atletas é cedido pela Secretaria de Esportes e Lazer de Maringá e
o serviço está suspenso. “Poderíamos até viajar em carros particulares, mas e
depois, quando voltássemos, teríamos que enfrentar todo aquele protocolo de
segurança, de isolamento, argumenta Suzana Souza.
POLÊMICA SOBRE AS DIMENSÕES DA QUADRA
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E se inicialmente a Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS) concordou
com um adiamento, a entidade pediu que em 72 horas, a equipe regularizasse a
situação para receber a Apaf, no dia 26 de agosto de 2020.
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A diretoria iniciou uma saga em busca de um ginásio. “Fui atrás de Cascavel,
Campo Mourão, Nova Esperança, São João do Ivaí e em muitas cidades vizinhas. O
único local que ofereceu ajuda foi Itambé, que, inclusive, se propôs a arcar
com a logística de ambulância e segurança”, revela a presidente Suzana Souza.
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resolvido? Não! O Seleto esbarrou na burocracia. A quadra do Ginásio Guido
Izidoro Costa, em Itambé, não tem as dimensões oficiais – 40x20metros -
exigidas no regulamento da Série Prata. A Apaf se recusou a enfrentar o
adversário nesta condição.
“Disseram
que não jogariam em Itambé, por conta do ginásio não ter as medidas oficiais,
acertadas no arbitral. Jamais imaginei que iriam levar isso a ferro e fogo. Não
sei qual era a intenção do pessoal de Paranaguá, se era ganhar o jogo a torto
ou direito. Até uma semana antes do início da Série Prata, o pessoal dizia que,
deveríamos nos ajudar, que os clubes deveriam se unir para realizar o futsal e,
na primeira oportunidade, acontece isso", questiona Suzana.
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Bituruna e Mariópolis disputam a Série Prata em ginásios que não possuem as
medidas oficiais. Só que de acordo com o assessor jurídico da FPFS, Eduardo
Vargas, estes casos foram aprovados como ressalvas no regulamento. “A Apaf
possibilitou, em vão, a realização do jogo em Paranaguá”, diz Vargas.
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O diretor da Apaf Rodrigo Gonçalves, justificou a recusa a Itambé. “Nós também não tínhamos ginásio para treinar
e jogar. Um dia antes do jogo contra o Operário Laranjeiras, conseguimos, através
de um decreto da prefeitura, a liberação para jogar. "Até então, havíamos
acertado para jogar em Fazenda Rio Grande. Corremos atrás das especificações e
fizemos tudo para não deixar o adversário na mão. Com o Seleto, apenas
cumprimos o regulamento. Se eles não conseguiram jogar em Maringá, não é culpa
e má vontade nossa. A logística estava pronta e o ônibus pago. Se não houve
organização, não coloquem na nossa conta. Se queremos o futsal forte,
precisamos tomar decisões de acordo com o arbitral.
WO
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Sem solução para o impasse, a FPFS declarou WO do Maringá Seleto no jogo. Até
sexta-feira (28/8), os maringaenses tinham um novo prazo para ajustar a
situação. Conforme o regulamento, uma nova incidência de WO resultaria na
eliminação do time.
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E, embora garantisse, no decorrer da semana, que viajaria até Bituruna, onde
enfrentaria a equipe da casa no sábado (26/8), o Maringá Seleto anunciou, na
manhã do compromisso, a retirada da Série Prata.
“Somos
uma entidade vinculada à FPFS há mais de 20 anos. Não começamos ontem e não
brincamos de "fazer futsal. Temos história e respeitamos a saúde de nossos
contratados”, concluiu a presidente.
E AGORA. COMO FICA?
"Segundo
Eduardo Vargas, a desistência pode gerar punições - como multas ou suspensão -
ao Seleto. “Esses casos são enviados para a Comissão de Processos
Administrativos, que avaliarão a questão”.
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Conforme prevê o regulamento, a saída do Seleto faz com todos os jogos da
equipe sejam desconsiderados - neste caso, os três pontos do WO deixam de ser
contabilizados à Apaf.
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O campeonato passa a ter nove integrantes, nove rodadas, com uma equipe
folgando em cada uma. Portanto, ao fim da 1ª fase, um único time será
eliminado.
ELENCO
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Os 17 atletas que disputariam a segundona pelo Maringá Seleto não ficarão
desamparados. Segundo o ala Montanha, o clube já se comprometeu a manter seus
salários até o fim do ano, quando findaria a temporada.
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Ao comentar os desdobramentos em que atravessou a equipe maringaense, o jogador
de 24 anos disse que faltou bom-senso por parte da FPFS.
"Ficamos
de mãos atadas. A gente tenta, não tem respaldo da Federação e sem forças para
brigar. Nos sentimos deslocados "nessa situação. Ruim para Maringá, ruim
para o Maringá Seleto e ruim para o futsal”.
Fonte:
Juliam Nazaré – Correio do Povo do Paraná