6.9.21

FUTEBOL - SELEÇÃO BRASILEIRA - ELIMINATORIAS

 


ATUALIZADA ATÉ DIA 6 / SETEMBRO / 2021 - SEGUNDA-FEIRA - SE COMEMORA O DIA DO ALFAIATE

FUTEBOL - SELEÇÃO BRASILEIRA - ELIMINATORIAS

ONTEM - DOMINGO - DIA 5/9 JOGO DE BRASIL x ARGENTINA FOI SUSPENSO PELA CONMEBOL

QUINTA - DIA 9/10 TERÁ MAIS UM JOGO ELIMINATÓRIO

21h30 - BRASIL X PERU

 


BRASIL X ARGENTINA FOI SUSPENSO

- O clássico entre Brasil e Argentina, em São Paulo-SP, válido pela nona rodada das Eliminatórias, ficou marcado por um episódio incomum que gerou confusão e paralisou a partida. Aos cinco minutos do primeiro tempo, agentes da Anvisa e da Polícia Federal entraram em campo para parar o jogo em razão da presença de quatro atletas argentinos (três deles titulares) que não cumpriram as regras sanitárias em território brasileiro e, por isso, não poderiam jogar.

- A operação da Polícia Federal e da Anvisa seria realizada no vestiário, mas a delegação argentina se trancou e afirmou que iria embora caso alguém entrasse no local. O jogo começou e, aos cinco minutos, a partida foi paralisada na Neo Química Arena, em São Paulo. Naquele momento, agentes da Anvisa e da Polícia Federal conversaram com o delegado da partida para paralisar o duelo.

- Depois disso teve um início uma confusão na beira do gramado. Até Messi e Neymar tentaram intervir, mas o clássico foi paralisado. Todos os jogadores da Argentina desceram ao vestiário, assim como os reservas do Brasil. Os titulares brasileiros permaneceram no gramado.

- O Estadão apurou que a Polícia Federal acompanhou a Anvisa até o hotel onde estava a seleção argentina, em São Paulo. A delegação já havia deixado o local. Os policiais federais e a agência foram, então, para o estádio do Corinthians. No local, os jogadores foram notificados por infração sanitária, como está previsto em lei. A questão está sendo acompanhada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça.

- A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia emitido uma nota oficial antes da partida para alertar que quatro jogadores da seleção argentina havia descumprido regras sanitárias para entrar no Brasil. De acordo com o comunicado, Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero deveriam ter sido colocados em quarentena e mandados de volta ao país de origem, pois mentiram na hora de desembarcar em território brasileiro. Três deles foram escalados entre os titulares pelo técnico Lionel Scaloni e Buendia ficou entre os suplentes.

- A Argentina enfrentou a Venezuela na última quarta-feira, na casa dos adversários, e desembarcou em Guarulhos na sexta-feira, para enfrentar o Brasil neste domingo, em São Paulo. No aeroporto, os jogadores foram questionados se tiveram passagem por Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia nos últimos 14 dias. Desde junho, passageiros que visitaram esses países no período de duas semanas são impedidos de entrar no Brasil, como precaução contra a disseminação da variante delta do coronavírus.

- A resposta dos atletas foi negativa, mas os quatro atuaram em partidas do Campeonato Inglês entre os dias 28 e 29 de agosto. Martinez e Buendía jogam pelo Aston Villa, enquanto Lo Celso e Romero integram o elenco do Tottenham. Por isso, a entrada deles no País foi considerada ilegal, e a Anvisa notificou a Polícia Federal orientando medidas que impeçam a circulação dos argentinos.

- Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, deu entrevista e foi taxativo ao comentar o episódio. "São quatro jogadores. Eles, ao chegarem em território nacional, apresentam a declaração de saúde do viajante. Neste documento não falava que eles passaram por um dos três países que estão restritos, justamente para a contenção da pandemia. Mas depois foi constatado que eles passaram pelo Reino Unido", disse.

"Chegamos nesse ponto porque tudo aquilo que a Anvisa orientou, desde o primeiro momento, não foi cumprido. Eles tiveram orientação para permanecer isolados para aguardar a deportação. Mas não foi cumprido. Eles se deslocam até o estádio, entram em campo, há uma sequência de descumprimentos", completou Barra Torres.

NOTA OFICIAL DA CBF

- Em seu site oficial, a CBF emitiu uma nota falando sobre o adiamento da partida:

- A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lamenta profundamente os fatos ocorridos e que acabaram por provocar a suspensão da partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA Catar 2022.

- A CBF defende a implementação dos mais rigorosos protocolos sanitários e os cumpre na sua integralidade. Porém ressalta que ficou absolutamente surpresa com o momento em que a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária ocorreu, com a partida já tendo sido iniciada, visto que a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo.

- A CBF destaca ainda que em nenhum momento, por meio do Presidente interino, Ednaldo Rodrigues, ou de seus dirigentes, interferiu em qualquer ponto relativo ao protocolo sanitário estabelecido pelas autoridades brasileiras para a entrada de pessoas no país. O papel da CBF foi sempre na tentativa de promover o entendimento entre as entidades envolvidas para que os protocolos sanitários pudessem ser cumpridos a contento e o jogo fosse realizado.

- A CBF reitera sua decepção com os acontecimentos e aguarda a decisão da CONMEBOL e da FIFA em relação à partida.

FIFA IRÁ DECIDIR O QUE SERÁ FEITO

- Ficará nas mãos da Fifa a definição sobre o Brasil e Argentina suspenso na tarde de domingo (5), pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. A entidade máxima do futebol mundial pode optar pela retomada da partida ou punir com W.O. qualquer uma das seleções.

- O imbróglio começou a acontecer porque agentes da Vigilância Sanitária e a Polícia Federal foram ao estádio autuar quatro atletas argentinos. Emiliano Díaz, Lo Celso, Romero e Buendía tinham burlado protocolos da pandemia da Covid-19 (os três primeiros eram titulares).

- O item 5 do capítulo "Disposições gerais" aborda situações de abandono da competição por seleções, partidas não jogadas ou abandonadas. O jogo realizado em Itaquera entraria neste aspecto.

- Uma das interpretações dá a punição à Argentina por W.O., decretando que o Brasil venceu por 3 a 0. Os atletas argentinos abandonaram o campo e recusaram-se a continuar a partida sem os quatro atletas que descumpriram as regras sanitárias do país. Além do W.O., a albiceleste seria punida com 10 mil francos suíços.

- No entanto, há um trecho de regulamento que fala sobre o reconhecimento de "motivo de força maior". A Fifa pode interpretar a situação deste ponto de vista abre caminho para determinar que a partida seja jogada novamente. Caso o jogo seja reiniciado, terá de acontecer em todo o contexto até o momento da interrupção.

- A partida será retomada do momento no qual foi interrompida, com Brasil e Argentina tendo a mesma escalação jogadores no banco de reservas. Os atletas impedidos de atuar poderiam ser substituídos, mas não haveria reposição no banco.

- O jornal "Clarín", no entanto, afirma que a Argentina dirá à Fifa que a Seleção Brasileira tem de ser punida. Os albicelestes se ampararão na interpretação de que o Brasil permitiu a entrada de pessoas desautorizadas no gramado, caso dos agentes da Anvisa e, assim, justificariam a saída dos atletas rumo ao vestiário.

- O presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, afirmou:

“Não se pode falar de mentira. Há uma legislação sanitária com a qual são jogadas as Datas Fifa, assim como todos os torneios. As autoridades sanitárias de cada país aprovam um protocolo, que está vigente e trabalha em dez federações. Nós estamos cumprindo, cuidando ao máximo dos jogadores - declarou.”

RESULTADO DE JOGO DO BRASIL - ELIMINATÓRIAS

QUINTA-FEIRA - DIA 2 / SETEMBRO / 2021 – RODADA 9

02.09. 22:00 CHILE                         0X1 BRASIL

PROGRAMAÇÃO DE JOGOS DO BRASIL - ELIMINATÓRIAS

DOMINGO - DIA 5 / SETEMBRO / 2021 – RODADA 6

05.09. 16:00 BRASIL                       TXT ARGENTINA - suspensa pela Anvisa/Conmebol

QUINTA-FEIRA - DIA 9 / SETEMBRO / 2021 – RODADA 11

09.10. 21:30 BRASIL                       X PERU

Fonte: ge/globoesporte