CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
EVENTO TEM A FOME COMO TEMA
ATUALIZADA
ATÉ DIA 24-FEVEREIRO-2023 - SEXTA-FEIRA
DIA
DA PROMULGAÇÃO DA 1ª CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA (1891)
- A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) abriu na Quarta-feira de Cinzas a Campanha da Fraternidade 2023 sobre a
Fome no Brasil. A missa, realizada na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede
da entidade, foi dedicada à vivência de uma “abençoada Quaresma e uma santa
Campanha da Fraternidade”.
- O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e
secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, também dedicou a celebração
às pessoas que experimentam a realidade da fome, aos atingidos e vítimas das
chuvas no litoral Norte de São Paulo, guerras, catástrofes e situações de
violência.
- Neste ano, dom Joel pontuou que a Igreja vai
aprofundar o tema da fome. “O Brasil enfrenta o flagelo social e humanitário da
fome, fenômeno que demonstra a incapacidade de um país em oferecer para seus
filhos e filhas as condições necessárias para satisfazer o seu instinto de
sobrevivência e desenvolvimento como pessoa. “Quando a sobrevivência não é
atendida é a morte que acontece. Assistimos recentemente o que está acontecendo
com os Yanomami”, exemplificou.
- O lançamento oficial foi no auditório dom
Helder Câmara e conduzido pelo assessor do Setor de Campanhas da CNBB, padre
Jean Poul Hansen. Na cerimônia foi apresentada a mensagem que o Papa Francisco,
mantendo a tradição dos papas, enviou ao Brasil por ocasião da Campanha da
Fraternidade 2023. Seu desejo expresso no texto é que a reflexão sobre o tema
da fome, proposto pela CNBB aos católicos brasileiros no Tempo da Quaresma,
seja “uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo
presente em todo aquele que passa fome”.
- A intenção é que essa reflexão gere em todos,
diz o Papa, “a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede
em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas
ações pontuais”. Na mensagem, o Papa recorda o convite que Deus faz a trilhar
um “caminho de verdadeira e sincera conversão” e que a proposta da Campanha da
Fraternidade tem o intuito de animar o povo fiel “nesse itinerário ao encontro
do Senhor”, com a proposta de voltar o olhar para os mais necessitados,
“afetados pelo flagelo da fome”.
- O secretário-geral explicou porque a CNBB
optou, pela terceira vez, por tratar o tema da fome. Segundo ele, uma das
razões é o fato de o Brasil ter reingressado no Mapa da Fome da ONU. “Se a fome
de uma pessoa deve nos incomodar, como
nos tornar indiferentes diante da fome de milhões de irmãos e irmãs?”,
questionou.
- Dom Joel explicou que a Campanha se refere à
fome não apenas como fenômeno biológico das necessidades humanas mas com um
flagelo social e humanitário. “São aquelas situações em que o modo com uma
sociedade está organizada acaba por deixar seus filhos e filhas em estado de
insegurança e indigência alimentar”, definiu. O secretário-geral da CNBB
explicou que a Campanha segue um caminho metodológico que busca compreender as
causas da fome, ouvir a Palavra de Deus para buscar o discernimento e encontrar
caminhos de ação.
“Mais do que apenas constatar, compreender e
denunciar a triste e vergonhosa atual situação de fome no Brasil, a CF nos
convida ao agir, a fazer o que for possível, para que essa triste situação seja
extinta. A Campanha da Fraternidade nos insere numa situação de maior urgência
no agir”, disse dom Joel.
Fonte: CNBB