* MATÉRIA ATUALIZADA - ATÉ DIA 6-JUNHO-2020 –
SEGUNDA-FEIRA * DIA DO CITRICULTOR *
VOLEI -
NO FINAL DA FILA
ESPORTE NO BRASIL: "FOI UM POUCO
PARA O FINAL DA FILA"
- Com sete medalhas olímpicas no currículo, seis como técnico e uma como
jogador, Bernardinho teme pelo futuro do esporte. Em entrevista ao jornal Folha
de S. Paulo, o treinador do Sesc Rio, equipe da Superliga feminina de vôlei,
falou também de como está vivendo a quarentena, já que tem 60 anos e está no
grupo de risco.
- Preocupa o fato de ele (esporte) ter ido um pouco para o final da fila
de novo. Não ser visto como uma atividade relevante. É óbvio que neste momento
a saúde e a sobrevivência das pessoas são o fundamental, mas quando você pensa
no futuro, o esporte tem uma função importante sob esse ponto de vista também -
disse.
- Claro que não ter certeza sobre quando volta ou não volta e de que
maneira volta é uma dúvida pertinente. Até porque esporte é aglomeração de
pessoas, encontro de gente. Você pode ter uma disputa controlada e sem público,
mas não é a mesma coisa. Que tipo de soluções vamos ter para a prática do
esporte no futuro? - se questiona.
BERNARDINHO - VITORIOSO NO VOLEI |
- Bernardinho jogou as Olimpíadas de 1984 e foi medalhista de prata.
Depois, no comando da seleção feminina, levou o bronze em 1996 e 2000. Aí,
assumiu o time masculino e foi ao pódio quatro vezes seguidas, com os títulos
em 2004 e 2016, e as pratas de 2008 e 2012.
- A festa olímpica foi muito bonita, o evento em si, mas não tivemos o
legado, o progresso na prática esportiva e a melhora das condições do ambiente
esportivo. Consequência de uma série de motivos, provavelmente falta de
panejamento, entes políticos que usaram da forma errada e programaram da forma
errada o que deveria ser uma Olimpíada, o que ela deveria trazer não apenas
para o momento em si, mas para o pós. E neste momento, especificamente, tenho
receio pelo pouco apoio que já existia para uma gama grande de esportes. As
leis de incentivo que dependem do resultado de empresas vão esvaziar, os
orçamentos vão diminuir, e portanto vai para o fim da fila - disse.
- Aos 60 anos, o que já o coloca no grupo de risco com relação ao Covid
19, o treinador, conhecido pelo seu temperamento à beira da quadra, disse estar
fazendo meditação:
- Respeitando totalmente a quarentena, praticamente não saí de casa, e
tenho cuidado de três níveis: físico, da forma possível; espiritual, comecei a
meditar e estou tentando me manter em equilíbrio; e mental, que é produzido e
pensando no futuro(...)Fiz um trabalho com um profissional chamado André
Elkind. Praticamos juntos e agora tenho praticado sozinho. Pelo menos uma vez
por dia, quando eu consigo, duas, e me sinto muito bem - disse.
Fonte: globoesporte.com