8.6.20

VOLEI - NO FINAL DA FILA


Vôlei sentado - Comitê Paralímpico BrasileiroSuperliga Banco do Brasil 2019-2020

* MATÉRIA ATUALIZADA - ATÉ DIA 6-JUNHO-2020 – SEGUNDA-FEIRA * DIA DO CITRICULTOR *

VOLEI - NO FINAL DA FILA
ESPORTE NO BRASIL: "FOI UM POUCO PARA O FINAL DA FILA"



- Com sete medalhas olímpicas no currículo, seis como técnico e uma como jogador, Bernardinho teme pelo futuro do esporte. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o treinador do Sesc Rio, equipe da Superliga feminina de vôlei, falou também de como está vivendo a quarentena, já que tem 60 anos e está no grupo de risco.
- Preocupa o fato de ele (esporte) ter ido um pouco para o final da fila de novo. Não ser visto como uma atividade relevante. É óbvio que neste momento a saúde e a sobrevivência das pessoas são o fundamental, mas quando você pensa no futuro, o esporte tem uma função importante sob esse ponto de vista também - disse.
- Claro que não ter certeza sobre quando volta ou não volta e de que maneira volta é uma dúvida pertinente. Até porque esporte é aglomeração de pessoas, encontro de gente. Você pode ter uma disputa controlada e sem público, mas não é a mesma coisa. Que tipo de soluções vamos ter para a prática do esporte no futuro? - se questiona.
Final - Brasil x Itália - Rio 2016 - Bernardinho  — Foto: Reuters
BERNARDINHO - VITORIOSO NO VOLEI
- Bernardinho jogou as Olimpíadas de 1984 e foi medalhista de prata. Depois, no comando da seleção feminina, levou o bronze em 1996 e 2000. Aí, assumiu o time masculino e foi ao pódio quatro vezes seguidas, com os títulos em 2004 e 2016, e as pratas de 2008 e 2012.
- A festa olímpica foi muito bonita, o evento em si, mas não tivemos o legado, o progresso na prática esportiva e a melhora das condições do ambiente esportivo. Consequência de uma série de motivos, provavelmente falta de panejamento, entes políticos que usaram da forma errada e programaram da forma errada o que deveria ser uma Olimpíada, o que ela deveria trazer não apenas para o momento em si, mas para o pós. E neste momento, especificamente, tenho receio pelo pouco apoio que já existia para uma gama grande de esportes. As leis de incentivo que dependem do resultado de empresas vão esvaziar, os orçamentos vão diminuir, e portanto vai para o fim da fila - disse.
- Aos 60 anos, o que já o coloca no grupo de risco com relação ao Covid 19, o treinador, conhecido pelo seu temperamento à beira da quadra, disse estar fazendo meditação:
- Respeitando totalmente a quarentena, praticamente não saí de casa, e tenho cuidado de três níveis: físico, da forma possível; espiritual, comecei a meditar e estou tentando me manter em equilíbrio; e mental, que é produzido e pensando no futuro(...)Fiz um trabalho com um profissional chamado André Elkind. Praticamos juntos e agora tenho praticado sozinho. Pelo menos uma vez por dia, quando eu consigo, duas, e me sinto muito bem - disse.
Fonte: globoesporte.com