17.5.17

BASQUETE - CBB CONTINUA SUSPENSA




FIBA realiza reunião para avaliar Confederação Brasileira de Basquete
- MATERIA ATUALIZADA ATÉ DIA 17 DE MAIO DE 2017 - QUARTA-FEIRA -
BASQUETE - CBB CONTINUA SUSPENSA
COM PUNIÇÃO DA FIBA MANTIDA, PRESIDENTE DA CBB ALEGA: "NÃO ACREDITAM NA GENTE"
- O basquete brasileiro vive uma situação inusitada. No meio de uma das maiores crises financeiras da história da Confederação Brasileira, a Federação Internacional de Basquete (Fiba) puniu a seleção, que não pode disputar nenhuma competição, pelo menos até junho. Presidente da CBB há dois meses, Guy Peixoto voltou recentemente de uma reunião Suíça (sede da Fiba). Ele diz estar feliz com os avanços, mas não conseguiu com a que a Federação Internacional tirasse a punição:
Guy Peixoto - presidente da CBB
- A Fiba não acredita muito no que a gente fala, e isso eu até entendo devido a tudo que a CBB passou no passado. Eles alegam que não acreditam que nós tenhamos condições de reverter a situação. Fui duas vezes para a Suíça conversar com eles, uma como candidato na CBB, e outra como presidente. Essa foi fantástica, pudemos mostrar tudo o que está sendo feito - disse Guy, em entrevista realizada no prédio da Globo, em São Paulo.
- Para suspender a CBB provisoriamente desde novembro, a Fiba enumerou diversos casos de falta de gestão na entidade. A mandatária do basquete mundial citou a falta de controle sobre o basquete do país, lembrando que na Copa América sub-18, em julho passado, os jogadores convocados para a seleção brasileira faziam parte de um mesmo time e tiveram seus custos pagos com recursos da Liga Nacional de Basquete. Além disso, a ausência de equipes brasileiras em torneios internacionais também foi lembrada, como no Campeonato Mundial de basquete 3x3 e no Campeonato Sul-Americano sub-15. Não bastasse, a Escola de Técnicos está desde 2014 sem atividades.
- A CBB deve para a Fiba uma quantia de US$ 150 mil, cerca de R$ 500 mil. Para Guy Peixoto, esse não é o principal problema:
- Pagar a dívida seria o mais fácil, tem muita gente que poderia ajudar. Enquanto não liberarem a suspensão, a confederação não pode receber de ninguém, não pode fechar patrocínio, nem nada. Esse é o problema atual. Estamos resolvendo também a questão da carteira negativa, que precisamos para poder receber as verbas - disse o presidente.
- Guy, que jogou pela seleção brasileira nos anos 1980, conta com apoio atual de diversos ex-jogadores, como os campeões mundiais Wlamir Marques e Amaury Passos, além de nomes importantes do basquete nacional, como Marcel, Marta, Marquinhos e Israel, todos com passagens pela seleção.
- É uma situação complicada, mas nós não ficamos parados, estamos atrás. Levei todo o plano de ação para resolver as dívidas (para a reunião da Fiba), e o que temos de projeto de patrocinadores. Eles estão pedindo mais documentos. Estou colocando em prática o plano, viajando de um lado para outro do Brasil atrás dos patrocinadores. A estratégia é essa - disse.
- Atualmente, a CBB não conta com nenhum patrocinador, e nem pode receber o dinheiro que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) distribui entre as Confederações através da Lei Piva. Segundo Guy Peixoto, as conversas estão avançadas:
- Tem um grande banco que está interessado em patrocinar, a Eletrobrás pode voltar, estamos conversando, estamos avançando - garantiu o presidente.
ENTENDA A SUSPENSÃO DA CBB
- Para suspender a CBB provisoriamente desde novembro, a Fiba enumerou diversos casos de falta de gestão na entidade. A mandatária do basquete mundial citou a falta de controle sobre o basquete do país, lembrando que na Copa América sub-18, em julho passado, os jogadores convocados para a seleção brasileira faziam parte de um mesmo time e tiveram seus custos pagos com recursos da Liga Nacional de Basquete.
- Além disso, a ausência de equipes brasileiras em torneios internacionais também foi lembrada, como no Campeonato Mundial de basquete 3x3 e no Campeonato Sul-Americano sub-15. Não bastasse, a Escola de Técnicos está desde 2014 sem atividades.
- As dívidas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) com a Federação Internacional de Basquete também foram lembradas. Na carta de suspensão, a Fiba lembra que a CBB não conseguiu dividendos para pagar valores que já haviam sido renegociados em 11 de abril de 2016. Por fim, também é citado o fato de a CBB encaminhar um processo de novas eleições sem reformular todas as suas ações e apresentar um plano estratégico.
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
- Com isso, o Brasil segue fora de qualquer torneio internacional disputado pelo menos até o fim de julho, por questões de preparação, e a FIBA Américas terá que indicar seleções substitutas para esses campeonatos. A manutenção da pena não exclui a possibilidade de a seleção disputar a AmeriCup 2017 (Copa América), que começa no dia 25 de agosto. Com vaga garantida, o Brasil precisará reverter a punição na próxima reunião para não ser substituído no principal torneio do continente.
- O Comitê Central confirma a permanência da suspensão, mas reconhece os esforços da nova diretoria da CBB e estabelece um novo prazo para a Confederação ter a oportunidade de atualizar as informações sobre suas ações para resolver os problemas de governança, finanças e esportivos. O Comitê Executivo irá avaliar novos fatos na próxima reunião, no dia 21 de junho, quando decidirá as medidas apropriadas - explicou a FIBA em nota oficial em seu site.
Fonte: globoesporte.com