11.2.15

HÓQUEI FEMININO JOGOS OLÍMPICOS NO RIO 2016



Comitê Olímpico Brasileiro - 100 Anos

MATÉRIA ATUALIZADA ATÉ DIA 11 DE FEVEREIRO DE 2015 * QUARTA-FEIRA – DIA DE N. S. DE LOURDES

HÓQUEI FEMININO JOGOS OLÍMPICOS NO RIO 2016

ENTENDA POR QUE O HÓQUEI FEMININO ESTÁ FORA

- A frase é de Marcus Vinicius Freire, diretor executivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em entrevistão ao Estadão: "eu acho melhor não ter um time do que perder de 70 a 0, 50 a 1, porque aí vira chacota". Trata-se de uma declaração que explica bastante sobre o problema do hóquei sobre grama brasileiro: a seleção feminina ficará fora da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, e está praticamente desmanchada.

Rio 2016: entenda por que o hóquei feminino está fora- Teoricamente, todas seleções em quaisquer esportes de países-sede estão classificadas automaticamente para a Olimpíada. Porém, no Brasil a equipe de hóquei foi a primeira excluída. Atualmente a seleção feminina está sem qualquer perspectiva para o futuro.

- A oirgem desse problema é uma imposição da Federação Internacional de Hóquei (FIH): se quisesse ir à Olimpíada, a seleção feminina teria que ficar entre as 40 melhores do ranking mundial. A intenção da FIH é aumentar o nível dos jogos, que ainda são baixos no geral. De acordo com avaliação do COB, a equipe feminina não mostrou potencial para conseguir essa essa evolução. Então a entidade sequer repassou dinheiro para as mulheres disputarem a Liga Mundial de 2014, que era a grande chance do Brasil conquistar pontos e subir no ranking.

CONFEDERAÇÃO PRIORIZOU A EQUIPE MASCULINA

- O COB alegou que era mais importante investir todo dinheiro arrecadado - vindo do governo federal, sem ajuda de investimento privado - na equipe masculina, que tem mais chances de garantir a vaga. Na prática os resultados são parecidos, bem fracos. Mas os homens já conseguiram uma medalha de bronze no Sul-Americano de 2013 e estão melhores no ranking, no 34º lugar - as mulheres caíram para a 50ª por não participarem da Liga Mundial e ainda estão fora dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, neste ano.

- O grande questionamento é: o aporte financeiro do governo não era suficiente para bancar as duas seleções? É difícil responder, porque os relatórios da Confederação Brasileira de Hóquei Sobre Grama (CBHG) em 2014 não foram divulgados até agora. Mas em anos anteriores o saldo foi negativo, sendo que de 2012 para 2013 houve uma pequena queda no valor distribuído - de R$ 2.076.985,09 para R$ 2.155.679,53.

- As jogadores da Seleção de hóquei admitem que hoje a equipe sequer existe e lamentam muito por isso, pois ainda tinham um fio de esperança: "desistiram cedo demais da gente. Por mais que não conseguíssemos a pontuação, poderíamos ganhar um convite. Estamos revoltadas. Não há base no país. Se pararmos de jogar, o hóquei desaparece", disse a zagueira Alessandra Flores em entrevista ao Lance!.

GRÉCIA 2004

- O hóquei sobre grama ainda é um esporte frágil mundialmente e por isso viveu outro exemplo semelhante recentemente: em 2004, a Grécia também não teve representante no hóquei sobre grama, nem no masculino, nem no feminino, também por não atingirem a meta no ranking internacional.

E A SELEÇÃO MASCULINA ?

- O Brasil ainda corre risco de repetir a Grécia de 2004 e ficar sem nenhuma seleção no hóquei sobre grama. Para se classificar os jogadores terão que colocar o Brasil pelo menos no 6º lugar dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A CBGH entende que a equipe masculina pode até disputar o bronze, pois apenas Argentina e Canadá têm seleções de nível mundial. Mas Trinidad e Tobago, Estados Unidos e Chile estão acima do Brasil no ranking mundial. A equipe brasileira fará treinos nos Estados Unidos e na Europa por cinco meses para conquistar a meta. Mas só no Pan veremos se a equipe realmente vale o investimento ou se vai virar chacota.

Fonte: COB – Comite Olimpico Brasileiro